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17/Fev/2021 - 11h30

Hackers podem ter faturado R$ 50 mil com ameaça falsa de divulgação de vídeo íntimo enviada a brasileiros

Hackers podem ter faturado R$ 50 mil com ameaça falsa de divulgação de vídeo íntimo enviada a brasileiros

Golpistas voltaram a enviar mensagens ameaçando divulgar vídeos íntimos que teriam sido gravados após uma suposta invasão do computador da vítima. O blog apurou que os hackers podem ter faturado pelo menos R$ 50 mil em apenas dois dias e que a fraude foi enviada a muitos endereços de e-mail associados ao Brasil, incluindo servidores públicos, instituições de ensino e hospitais. A fraude segue a mesma fórmula de outras anteriores: o texto tenta convencer a vítima de que seu computador foi atacado e que um vídeo foi gravado sem sua autorização. Para que as imagens íntimas não sejam reveladas a outras pessoas, o criminoso exige um pagamento em Bitcoin em 48 horas. A ameaça é completamente falsa. Mesmo que a vítima não pague, o vídeo em questão jamais será divulgado, pois ele não existe. De fato, o e-mail não traz qualquer prova da existência das imagens. O G1 obteve amostras das mensagens enviadas, as quais apontam que os criminosos utilizaram ao menos duas carteiras de Bitcoin. Juntas, elas receberam 14 transferências, somando cerca de R$ 50 mil. Nas mensagens vistas pelo blog, as vítimas receberam cobranças de até US$ 870 (cerca de R$ 4,6 mil), mas algumas transferências nas carteiras são de valores menores. Não foi possível descobrir se a mesma fraude, com as mesmas carteiras de Bitcoin, foi direcionada a pessoas de outros países. Por esse motivo, não se sabe se esses pagamentos foram realizados por brasileiros. Contudo, as transações ocorreram nos dias 11 e 12 de fevereiro, período que coincide com a data das mensagens e o prazo de 48 horas definido pelo criminoso. A mensagem é enviada em português europeu (confira trechos logo abaixo). Isso indica que o golpista pode não ser brasileiro e que o texto passou por tradução automática. Os envios, porém, parecem ter sido direcionados a endereços brasileiros e chegaram a usuários de provedores de e-mail nacionais, entidades de governo e instituições de ensino e da saúde.

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