O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Até o final de 2020, a estimativa é que surjam cerca de 66 mil novos casos no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). “Silenciosa e de evolução lenta, a doença pode levar até 15 anos para apresentar algum sintoma no indivíduo, a exemplo de fluxo urinário fraco ou interrompido, nictúria (vontade frequente de urinar), sangue na urina ou no sêmen etc”, explica o chefe do setor de Urologia do Hospital São Rafael, Frederico Mascarenhas. Considerada uma patologia rara entre jovens, mais comum na terceira idade, o câncer de próstata começa a ser uma ameaça a partir dos 50 anos. No entanto, a etnia e a hereditariedade são fatores de risco que não devem ser desconsiderados. “O câncer de próstata é duas vezes mais comum em homens negros americanos. Em relação à genética, se o paciente tem parente de primeiro grau com a doença, como pai e irmão a possibilidade de desenvolver um tumor é 2 a 10 vezes maior, se comparado com uma pessoa que não tem a doença na família”, detalha o especialista. Para as pessoas que estão no grupo de risco, a prevenção deve ser ainda mais precoce, a partir dos 45 anos. Já para quem está fora dessa zona, o médico orienta consultas para avaliação a partir dos 50 anos. “O câncer de próstata tem cura, desde que seja diagnosticado precocemente, ou esteja somente na próstata. Daí, a razão de se estimular a prevenção através de consultas com o urologista”, esclarece Frederico Mascarenhas.