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10/Fev/2014 - 18h25

Brumado: Conselho Tutelar cobra da prefeitura melhores condições de trabalho

Brumado: Conselho Tutelar cobra da prefeitura melhores condições de trabalho A entidade divide o prédio com diversos outros órgãos que atrapalham no atendimento a população. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

Em matéria publicada dia 7 de fevereiro, o site Brumado Notícias apresentou parte do relatório do Conselho Tutelar de Brumado, referente ao ano de 2013. No relatório, um gráfico demonstra que crianças e adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade social estão sendo recrutadas pelo crime organizado; que várias crianças já têm passagem pela polícia e, em sua maioria, o motivo é o envolvimento com o tráfico de drogas. O relatório também aponta um alto índice de casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, no município. O índice, segundo os conselheiros, levando em conta o tamanho da população infanto-juvenil da cidade, é considerado alarmante. As condições para o funcionamento do órgão são precárias: “as condições em que realizamos a apuração desse tipo de violação é igualmente alarmante, pois o município não dispõe de uma delegacia especializada e o conselho não dispõe de uma equipe multidisciplinar própria. Na maioria das vezes, ainda que encontremos um estado probatório mínimo de que a violência sexual exista, ficamos impossibilitados de dar prosseguimento às diligências”, expõe o relatório que, em seguida, denuncia a prefeitura de Brumado, dizendo que, desde a gestão anterior, a mesma não dá atenção ao trabalho realizado pelo órgão. 

Brumado: Conselho Tutelar cobra da prefeitura melhores condições de trabalho Os conselheiros ainda cobram melhores condições salariais e melhor capacitação para atuarem com mais perspicácia e eficiência. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

O Conselho Tutelar não possui sede própria e divide um prédio com outros órgãos, o que compromete as escutas e atendimentos, principalmente de casos que envolvam abuso sexual. Uma das cobranças é a capacitação continuada dos conselheiros, para atuarem com mais perspicácia e eficiência na área da infância e adolescência. Outra dificuldade dos conselheiros está na remuneração, a qual foi apontada como “absolutamente incompatível com a extrema relevância de suas atribuições”. “Apesar do papel fundamental que os conselheiros desempenham, nossa capacidade operacional tem sido mitigada por falta de estrutura física adequada a demanda atendida pelo órgão”, observam os conselheiros no relatório.

Comentários

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Fabrícia dos Santos Rocha
É um absurdo um órgão de tamanha importância ao município não ter estrutura adequada para se trabalhar. Sei o quanto é difícil trabalhar nesse órgão e informo que a busca por melhorias na estrutura física do local e salários dos conselheiros já vem de anos anteriores, porém, sem êxito!

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