Em Caculé, a 100 km de Brumado, açougueiros que trabalham com o comércio de carne bovina, caprina, suína, peixes e de aves têm até esta quarta-feira (19) para se adaptar às determinações da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Em fiscalização realizada no município nas últimas semanas, o órgão determinou que está proibido o abate animal na cidade e que o produto deve ser adquirido, preferencialmente, nos frigoríficos de Brumado ou Guanambi. Para alguns açougueiros, a exigência poderá representar um aumento significativo no preço do produto para o consumidor final e até mesmo o “abandono” da profissão. Eles apontam inviabilidade econômica e que a medida aumenta ainda mais a burocracia e dificulta a logística do trabalho. Para o zootecnista Tarcísio Ribeiro Paixão, formado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), a proibição imediata desses abates afeta drasticamente a economia municipal, visto que boa parte da renda econômica da população vem da pecuária. No entanto, Tarcísio defende que a fiscalização e regularização do abate animal é fundamental para um controle de qualidade eficiente.