A partir de agosto os brasileiros vão começar a abastecer seus veículos com uma gasolina diferente da que é comercializada atualmente. A Petrobras irá mudar a fórmula do combustível. Segundo a companhia, a decisão visa parametrizar o combustível com o que é comercializado em outros mercados mundiais. A mudança será feita na massa da gasolina, segundo uma especificação proposta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que passa a exigir uma massa específica mínima de 715 kg/m³. Além disso, a agência estabelece a necessidade de uma octanagem mínima de 92 pela metodologia de RON, especificações semelhantes às adotadas no mercado internacional e que vão garantir uma maior durabilidade dos novos motores fabricados no Brasil. A mudança, porém, não deve afetar o rendimento do combustível, já que a quantidade de etanol na composição – 27,5% – ficará a mesma. Para se ter uma ideia, em alguns países o nível de etanol presente na gasolina é de apenas 2%. O peso maior será no bolso do consumidor, já que a eficiência do combustível permanecerá a mesma. “Nós já estamos prontos para produzir essa nova gasolina. A nova especificação é bem-vinda e vai aproximar o combustível comercializado no Brasil ao do mercado americano e europeu”, disse Anelise Lara, diretora de refino e gás natural da companhia. “Como a gente pratica o preço de paridade importação, ela será mais cara porque será comparada com gasolinas de melhor qualidade do exterior”, explicou a diretora.