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27/Mai/2020 - 14h00

Médicos do sudoeste baiano criticam centralização de regulação de pacientes pela Sesab

Médicos do sudoeste baiano criticam centralização de regulação de pacientes pela Sesab Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Através de carta aberta, médicos plantonistas da região sudoeste da Bahia falaram sobre a situação grave em que os serviços de saúde da região se encontram após a centralização da regulação de leitos em Salvador. O assunto já havia sido tema de matéria veiculada no site Achei Sudoeste (veja aqui). Na carta, os médicos afirmam que, desde que a regulação regional de leitos, com sede em Vitória da Conquista, encerrou as suas atividades, no início do mês de maio, os hospitais regionais estão enfrentando dificuldades para transferir os pacientes dos hospitais de baixa complexidade para os de maior porte. “Antes da mudança, o sistema de regulação possuía uma sede regional em Vitória da Conquista e era operado por médicos reguladores locais, que conheciam a realidade da região sudoeste, as limitações dos serviços de saúde e o fluxo era organizado de acordo com a capacidade das unidades hospitalares. Dessa forma, a análise dos casos clínicos era realizada em tempo hábil, possibilitando a priorização na transferência dos pacientes mais graves para os hospitais de referência da região ou do estado. Os médicos reguladores também participavam de discussão clínica com os respectivos plantonistas das cidades menores, auxiliando na condução do tratamento, o que infelizmente se perdeu após a mudança”, criticaram. Após a centralização em Salvador, as regulações de casos mais graves enfrentam a morosidade para autorização da transferência, falta de transparência nos relatórios de vaga zero, dificuldade para contato direto com a central via telefone, transferências desordenadas para cidades muito distantes, falta de comunicação com os médicos reguladores e o desconhecimento da rede hospitalar regional por parte dos reguladores. “A consequência da centralização da regulação de leitos de um Estado tão grande como a Bahia é a desorganização e retrocesso na forma de transferir os pacientes e isso fatalmente resulta em agravamento dos casos, piora dos prognósticos, atraso nos tratamentos e, em último caso, no óbito de pacientes tratáveis. O objetivo dessa carta é tornar público esse problema que nós, médicos plantonistas, estamos enfrentando, além de cobrar do Governo Estadual uma solução urgente desse imbróglio”.

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