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14/Abr/2020 - 11h30

Baianos estudam medicamentos para tratar pacientes com coronavírus

Baianos estudam medicamentos para tratar pacientes com coronavírus Foto: Divulgação/Secti

Pesquisadores baianos do Laboratório de Bioinformática e Química Computacional da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Jequié, estudam novos medicamentos que podem ser capazes de tratar pacientes diagnosticados com coronavírus. O grupo já desenvolvia análises de tratamentos para outras doenças, e optou por investigar substâncias capazes de deter a Covid-19 após o início da pandemia. “A gente já desenvolve uma série de pesquisas no desenho de drogas para várias outras doenças, como dengue, leishmaniose, esquistossomose, doenças que envolvem questões inflamatórias. Com o surgimento dessa pandemia, decidimos entrar nessa corrente de pesquisadores e buscar alvos que pudéssemos testar. Esses alvos são as proteínas virais. O estudo se deu no sentido de buscar moléculas que pudessem inibir essas proteínas virais e bloquear o processo de replicação do vírus”, contou Bruno Andrade, cientista baiano que coordena o grupo de pesquisa. Bruno Andrade conta que o grupo de pesquisa trabalha com a primeira etapa do desenvolvimento de medicamentos. De acordo com o G1, eles se utilizam de um banco de dados para fazer testes computacionais com substâncias que possuem potencial para combater a doença. Os resultados são enviados para laboratórios, que passam a realizar baterias de exames para comprovar a eficiência da droga. “A gente usa a estratégia de comparar as drogas conhecidas. Pegamos essa estrutura e fazemos comparações computacionais químicas com as moléculas que queremos selecionar no nosso banco de dados. A gente seleciona algumas moléculas, depois fazemos um acoplamento, um encaixe computacional, para ver se tem afinidade ou não. Essa etapa é crucial para definir o que será testado na bancada e depois será passada para o humano. Sem essa etapa, não teria como testar uma grande quantidade de moléculas. Você teria um ambiente químico muito pequeno”, afirmou o pesquisador.

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