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05/Mar/2020 - 15h30

Choro de bebê ajuda em resgate de família soterrada no litoral de São Paulo

Choro de bebê ajuda em resgate de família soterrada no litoral de São Paulo Foto: Arquivo pessoal/Fabiana Granero

O choro de uma bebê de três meses, que estava sob os escombros após o deslizamento no morro da Barreira do João Guarda, nesta terça-feira (3), salvou a vida dela e de seus pais. Ao ouvirem a criança, moradores conseguiram localizá-los e fazer o resgate em Guarujá (SP). Apesar do esforço da população, não foi possível salvar dois dos integrantes da família, Aliffer Adailton Granero da Silva, de 6 anos e Allana Granero de Oliveira, de 3. De acordo com o G1, a desempregada Fabiana Granero, de 42 anos, é avó das duas vítimas. Ela mora no morro em que a família ficou soterrada, porém, segundo relata, o local em que vive não foi atingido pelos deslizamentos. Moravam na mesma residência, que era dividida em duas partes, os dois filhos mais velhos de Fabiana. A filha tinha três filhos, apenas a bebê sobreviveu. Já o filho havia ido dormir na casa da mãe no dia do temporal, então não foi atingido pelos deslizamentos. 

Choro de bebê ajuda em resgate de família soterrada no litoral de São Paulo Foto: Reprodução/Facebook

“Eles perderam tudo, móveis, roupas. Mas o mais dolorido são as vidas que se perdem, nada paga isso. Minha filha e o marido só foram socorridos a tempo porque a bebê chorou e as pessoas conseguiram localizar onde eles estavam pelo choro da menina. Eles estavam cobertos de tantos escombros que foi mais de uma hora para a comunidade conseguir tirar eles de lá, mesmo assim os três sobreviveram”, conta. O Aliffer e a Allana estavam mais abaixo dos escombros e a população não conseguiu retirá-los a tempo. O corpo das duas crianças só foi retirado quando os bombeiros chegaram ao morro e os localizaram. O ex-marido de Fabiana, Samuel Alves dos Santos, de 32 anos, também foi encontrado morto. Ele deixa dois filhos, um menino de três anos e uma menina, de cinco. As três vítimas sobreviventes foram encaminhadas ao hospital, mas já foram liberadas. Já o sepultamento de Allana e Aliffer ocorreu nesta quarta-feira (4).

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