Até mesmo o poste que foi derrubado pela correnteza e os muros da estação de tratamento de esgoto da Embasa permanecem soterrados no local. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias). Após o volume de água do Rio do Antônio baixar em Brumado surgiram bancos de areia no leito do rio na região da ponte entre os Bairros São Jorge e Dr. Juracy. Até mesmo o poste que foi derrubado pela correnteza e os muros da estação de tratamento de esgoto da Embasa permanecem soterrados no local. O site Brumado Notícias retornou ao local e ouviu a reclamação dos moradores das duas localidades, principalmente daqueles que moram à margem do rio e que tiveram de abandonar suas casas durante a enchente. Os populares querem que a prefeitura realize a limpeza do leito do rio e construa paredes de contenção nos fundos das residências. “A Defesa Civil falou em tentar nos mudar daqui, mas não queremos sair de nossas casas. Queremos que a prefeitura resolva o problema limpando o rio. Já existiam esses bancos de terra antes da enchente, mas eles aumentaram, pois a água arrastou muita terra por onde passou. Como o rio encontrou obstáculo em seu caminho ele desviou seu percurso e veio para as nossas casas. A questão é que para prefeitura é mais fácil querer nos remover para as casas do governo federal ao invés de investir na solução do problema”, criticou o morador Denilton da Silva Alves.
A prefeitura ainda está fazendo um estudo de toda a área para se for o caso remover os moradores de suas casas para evitar tragédias. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias). Além da terra formando ilhotas no leito do rio, a nossa reportagem também flagrou muito lixo e pneus que foram jogados próximos à saída do esgoto. Em resposta, o secretário de Recursos Hídricos e diretor municipal da Defesa Civil, Frederico Neves, esclareceu que a Secretaria de Infraestrutura está avaliando a possibilidade da construção do muro de contenção reivindicado pelos moradores levando-se em consideração que o terreno no local é bastante arenoso. Segundo ele, caso não seja possível a construção do muro, os moradores terão mesmo de ser removidos de suas casas. Quanto à limpeza do leito do rio, o secretário disse que a prefeitura irá realizá-la. “É de extrema necessidade a limpeza do rio, pois com esses obstáculos no meio do caminho as águas se espalham e acabam provocando alagamentos. Vamos trabalhar nisso sim”, garantiu Neves.
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