O Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro, divulgou nesta quinta-feira, 31, lucro líquido recorrente no terceiro trimestre de 6,542 bilhões de reais, aumento de 19,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o banco, o resultado foi puxado por maiores margens financeiras, crescimento das receitas de prestação de serviços, contribuição das operações de seguros, previdência e capitalização e menos despesas com provisões para perdas com inadimplência, que compensaram o crescimento das despesas operacionais. Entretanto, o banco informou que deve fechar cerca de 300 agências em 2020, para tentar diminuir a despesa e aumentar sua lucratividade. De acordo com o G1, o Bradesco registra neste ano custos acima do esperado, ficando aquém de suas próprias metas e decepcionando investidores. Em janeiro, o banco informou que seus custos aumentariam até 4% em 2019, mas subiram 7,5% nos primeiros nove meses do ano. Isso pesou sobre as ações da instituição na quinta-feira, que caíam 4,35% às 14h15. O Ibovespa operava em queda de 1,46%, aos 106.823 pontos. O presidente Octavio de Lazari Junior disse que o banco fechará 150 agências já neste ano. O banco encerrou setembro com 4.567 agências. Lazari afirmou também que um recente programa de demissão voluntária também ajudará a cortar custos. Ele disse que 3.000 trabalhadores já aderiram ao programa, cerca de 3% do seu quadro de funcionários. O Bradesco também vem renegociando melhores condições para contratos de fornecedores e fechado acordos em disputas trabalhistas, segundo o banco. A receita das tarifas também ficou abaixo da meta do banco, mas Lazari disse que provavelmente terminará 2019 na faixa de crescimento de 3% a 7% estabelecida no início do ano. O presidente afirmou que espera que o banco registre um retorno sobre o patrimônio em torno de 20% nos próximos trimestres, apesar das taxas de juros mais baixas no Brasil. O Bradesco apresentou rentabilidade de 20,2% no terceiro trimestre.