Na última sexta-feira (27), representantes do movimento “Vida Sim, Barragem Não” entregaram uma carta ao governador Rui Costa (PT) pedindo a intervenção do Governo do Estado no sentido de garantir que a Bahia Mineração (Bamin) tome condutas legais e seguras durante a construção da barragem. Em entrevista coletiva, o chefe do executivo estadual disse que a barragem que será construída na divisa dos municípios de Caetité e Pindaí, acima do município de Guanambi, é segura. “Não é barragem de lama, a barragem é barragem de pedra, com todas as seguranças. Não tem nada a ver com a barragem de Minas Gerais, que é barragem de barro, como foi feito, é barragem feita de pedra, com toda a segurança para garantir o desenvolvimento da região, garantir a ferrovia, garantir a mineração, dentro dos padrões de absoluta segurança para a população”, assegurou. Ele ainda afirmou que nenhuma cidade ficará em risco com a construção da barragem. No entanto, o projeto apresentado pela Bamin e já licenciado pelos órgãos ambientais não condiz com as afirmações do chefe do executivo estadual. A diferença do projeto da barragem da Bamin em relação às barragens de Marina e Brumadinho, rompidas em 2016 e 2019 respectivamente, está na forma de crescimento. Em Minas, as barragens foram construídas à montante, enquanto que a Bamin planeja construir a barragem à jusante. O segundo modelo é considerado mais seguro, porém o material usado no barramento não é de pedra e sim do próprio resíduo da mineração.