O Ministério da Saúde anunciou que vai adotar um novo modelo para aquisição de medicamentos que serão incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é fazer o compartilhamento de riscos com os laboratórios, de modo que o pagamento pelos medicamentos de alto custo seja feito mediante o progresso no tratamento do paciente. Segundo a pasta, a medida é adotada em outros países, como Inglaterra, Canadá, Espanha e Alemanha. Conforme o ministério, o primeiro medicamento que pode ser incorporado pela modalidade é o nusinersena (Spinraza), indicado para a atrofia muscular espinhal (AME), doença progressiva que afeta os neurônios e leva à incapacidade de movimentar praticamente todos os músculos do corpo. O remédio, cujo tratamento custa 1,3 milhão de reais por paciente ao ano, deve ter a incorporação analisada em abril pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).