A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o alerta sobre a febre amarela no Brasil e ampliou a área onde a vacinação é recomendada para estrangeiros e turistas que visitem o país. De acordo com a entidade, o Brasil pode estar enfrentando a “terceira onda” de contaminação: a primeira aconteceu no período sazonal de 2016 e 2017, com 778 casos em humanos, incluindo 262 mortes; e a segunda ocorreu durante o período sazonal de 2017 e 2018, que apresentou 1376 casos humanos, registrando 483 óbitos. Agora, o novo surto mostra progressão em direção ao Sul e Sudeste do país. De acordo com a Veja, a iniciativa da OMS foi tomada depois de casos em humanos e epizootias (mortes de macacos) terem sido notificados em dois estados. Segundo o Ministério da Saúde, dados recolhidos entre julho de 2018 até a semana passada, mostram que 834 casos suspeitos de febre amarela foram notificados. Embora 679 tenham sido descartados, 118 permanecem em investigação e 37 foram comprovados – com nove mortes confirmadas. As confirmações de casos vieram dos estados de São Paulo (35) e Paraná (2). “Embora seja cedo para determinar se este ano terá os altos números de casos em humanos observados nos dois últimos grandes picos sazonais, há indicações de que a transmissão do vírus continua a se propagar em direção ao sul e em áreas com baixa cobertura vacinal”, declarou a OMS, em comunicado. Por causa disso, a entidade sugere que a vacina seja adotada por quem vai viajar para os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo. A recomendação é de que seja aplicada uma única dose da vacina dez dias antes do embarque para esses destinos.