O Ministério da Saúde informou esta semana que 250 cidades no estado de São Paulo estão em estado de alerta para dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, um estudo publicado no periódico Science pode trazer uma boa notícia: indivíduos que já tiveram dengue em algum momento da vida apresentam menor risco de infecção pelo zika vírus. A explicação: é possível que os anticorpos produzidos para combater a contaminação pela dengue ofereça proteção cruzada contra o zika. Segundo a pesquisa, a redução de contágio é de 25% para a maioria dos indivíduos que desenvolveram anticorpos após uma infecção por dengue. Em alguns casos, essa proteção pode subir para 44%. De acordo com a Veja, apesar disso, os pesquisadores descobriram que indivíduos que foram infectados recentemente por dengue tem resultado oposto, ou seja, estão mais propensos ao zika. Algumas das possíveis explicações para o fenômeno podem ser anticorpos protetores ainda não suficientemente desenvolvidos ou algum problema no sistema imunológico que aumenta o risco de contrair a doença. Além disso, a baixa imunidade poderia ser explicado pelo fato de que as duas infecções poderiam estar ocorrendo em um curto espaço de tempo, o que não permitiria ao organismo se proteger contra a segunda infecção.