Indagado pelo site Achei Sudoeste acerca da proposta de aumentar o número de assentos de 13 para 15 vereadores na Câmara Municipal, o prefeito de Brumado, Eduardo Lima Vasconcelos (PSB), pediu licença para não opinar e se resguardar sobre o assunto enquanto estiver na cadeira executiva. “Enquanto eu estiver na cadeira administrativa prefiro não opinar, mas, quando eu deixar o executivo, aí vocês podem me questionar que terei imenso prazer em responder como cidadão comum. Nesse momento, não quero que pensem que minha opinião estaria interferindo nas decisões das demais esferas de poder. Embora eu tenha minha opinião, não quero que interpretem que estou invadindo as demais esferas”, argumentou. Mesmo omitindo a sua opinião a nível local, o prefeito deixou bem claro que não se agrada do inchaço nos parlamentos em escala geral, seja a nível federal, estadual ou municipal. “É gente adoidado dando palpite, tanto que a nossa constituinte completou trintas anos e ainda não está concluída. Mas contem tantas emendas partidas dos parlamentares, que mais parece uma gigantesca colcha de retalhos, tão grande é, que já está maior que o Alcorão e a Bíblia juntos”, criticou o gestor.
Para Vasconcelos, é necessária uma redução no número de assentos nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas estaduais e na câmara federal dos deputados, até mesmo com a extinção do senado e da divisão geográfica do país em estados. “Temos mais de 500 deputados em Brasília, mas penso que deveríamos ter um deputado para cada um milhão de habitantes no país, o que seria 210 deputados. Mesmo assim ainda seria muito, como chegar a um acordo com aquela multidão de deputados? Aí ficam o tempo todo discutindo quem envernizou a asa da barata e nunca se chega a lugar nenhum. Se reúnem apenas para decidir quando será a próxima reunião. Nas câmaras municipais tem vereadores que tomam posse hoje pensando apenas na sua reeleição daqui a quatro anos”, disparou. Apesar de não querer se manifestar sobre o assunto, Eduardo deixou escapar o seu ponto de vista sobre o número ideal de vereadores para municípios do porte de Brumado. “Em um tribunal de júri, uma vida humana, que é muito mais importante, pode ser julgada por sete jurados. Por que sete vereadores não podem equacionar assuntos para um município com menos de 100 mil habitantes? Enquanto prefeito, não quero opinar sobre as decisões internas do legislativo, mas defendo que se deve enxugar os parlamentos de norte a sul do país”, pontuou.