O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta terça-feira, 20 de novembro, foi lembrado em evento conjunto realizado pelo Centro de Referência e Assistência Social (Cras) Irmã Dulce, pelo Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (Nuca) e pelo Instituto Caatingueiro, com a cooperativa de confecção de vassouras de reciclados da comunidade do Campo Seco. O evento contou com uma explanação sobre a liberdade de escolhas e aceitação das origens, proferida pela pedagoga, diretora de proteção especial da secretaria de educação, Bianca Meira. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Meira frisou que ainda se identifica muito racismo e discriminação, principalmente contra a mulher negra, seja no mercado de trabalho, no meio político e até mesmo nos padrões de beleza ditados pelo consumismo da moda. A pedagoga refletiu que, embora se tenha quebrado muitos paradigmas ao longo dos anos, ainda há resquícios de racismo e preconceitos às origens da comunidade negra no Brasil.
“O empoderamento feminino tem feito a mulher negra ser mais aceita na atual sociedade, porém a própria mulher negra tem que valorizar e aceitar suas origens, sua cor, seu cabelo e sua identidade como negra”, disse a professora.Após a palestra realizada na sede da cooperativa de vassouras de reciclados do Campo Seco, um grupo de adolescentes assistidos pelo Nuca fez uma apresentação de dança mostrando um pouco dos costumes das raízes afro que ainda muito influenciam a comunidade negra no país. A professora lembrou que, embora o 20 de novembro seja em lembrança ao Zumbi dos Palmares, sua esposa Dandara foi uma peça fundamental nas lutas e conquistas de liberdades dos negros escravizados no Brasil. Ao final do evento, as instituições se confraternizaram em um café da manhã à sombra de um juazeiro da comunidade.