O paracetamol é a escolha de muitas pessoas quando a dor de cabeça chega. No entanto, para as mulheres grávidas, tomar o medicamento pode trazer vários riscos para a saúde do bebê, incluindo maior probabilidade de autismo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e redução de quociente de inteligência — mais conhecido como QI. Uma revisão de estudos publicada recentemente na revista Hormones and Behavior sugeriu que esse resultado pode estar ligado ao fato de que o paracetamol altera o equilíbrio hormonal no útero. Uma das pesquisas analisadas mostrou que o consumo do paracetamol — também chamado de acetaminofeno (APAP) — pode elevar o risco de atraso na fala. A quantidade consumida e o sexo da criança são outros fatores que contribuem para o surgimento do distúrbio: gestantes que tomam paracetamol mais de seis vezes durante a gravidez estão mais propensas a ter filhas com vocabulário limitado. Apesar da descoberta, os pesquisadores não foram capazes de determinar por que o risco é diferente para meninos e meninas. “A exposição à APAP é tão comum que mesmo as implicações de saúde pública de nível modesto para o desenvolvimento neurológico são substanciais”, alertou Ann Z. Bauer, que liderou o estudo, ao Daily Mail. Os pesquisadores americanos revisaram nove estudos, investigando no total 150.000 mães e bebês.