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18/Set/2018 - 16h00

Seca castiga severamente a cidade de Guajeru

Seca castiga severamente a cidade de Guajeru Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A seca está castigando severamente a cidade de Guajeru, a 63 km de Brumado, no sertão baiano. Não há mais água nos reservatórios do município, que tem sido abastecido por carros pipa e vive do pouco de água que chega às torneiras a cada 15 dias, da Barragem do Truvisco, em Caculé. A reportagem do site Achei Sudoeste esteve no município, no último final de semana, e pode constatar as dificuldades vividas pela comunidade. Para resumir o drama, a lagoa localizada na sede, que até a metade do primeiro semestre ainda tinha um espelho d’água de onde os caminhões pipa recolhiam para abastecer os munícipes, encontra-se completamente seca, já com o solo assoreado e totalmente rachado.

Seca castiga severamente a cidade de Guajeru Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nossa reportagem flagrou pássaros migratórios ao redor do manancial em busca de água para beber. O gado que passava ao lado da lagoa já apresenta aparência debilitada. Por telefone, nossa reportagem ouviu o vereador Irmo Gomes dos Santos (PP), o Loza, e o mesmo descreveu que o momento é muito crítico para os moradores, que presenciam a cada dia as plantas morrerem diante da falta d´água e os animais definhando no meio rural. O parlamentar narrou ainda que não há mais plantação nas lavouras e os ruralistas, que estão há mais de 40 dias sem uma gota d’água nas cacimbas ou reservatórios, começam a migrar para a sede do município, seja em busca de um copo d’água para beber ou para lavar um peça de roupa. Como a cada 15 dias chega água nas torneiras, os moradores se viram obrigados a comprar mais caixas para armazenar água durante o intervalo de tempo.

Seca castiga severamente a cidade de Guajeru Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O vereador direcionou severas críticas ao executivo municipal e à Embasa por não estarem direcionando ações no intuito de minimizar os efeitos da seca na cidade ou, ao menos, preparar as aguadas para as esperadas chuvas de verão. “As aguadas estão assoreadas e não há nenhuma mobilização em realizar a limpeza, seja por parte da Embasa ou por parte do governo municipal. Ou seja, se chover, o município não vai conseguir armazenar água em seus reservatórios naturais", destacou. O vereador ponderou que há uma falta de respeito da Embasa com os direitos dos consumidores do município, pois a estatal não tem se mobilizado em providenciar meios de atender a demanda local. Nossa reportagem tentou contato com o prefeito Gil Rocha para tratar do assunto, mas o mesmo não foi encontrado.

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