Os caminhoneiros cadastrados na Operação Pipa, coordenada pelo Exército Brasileiro, no interior de Brumado, declararam ao site Achei Sudoeste que o atual modelo de distribuição de água, em que o líquido é distribuído em uma central instalada em cada comunidade, tem sido prejudicial para a operação, assim como para os próprios pipeiros. Anteriormente, os caminhões levavam a água de lar em lar nas comunidades rurais; atualmente, com o corte no orçamento federal para a operação, os caminhoneiros só podem abastecer a caixa central de distribuição de cada comunidade. De acordo com os pipeiros, os próprios moradores das comunidades estão se negando a se deslocarem aos locais designados para buscar o líquido. Em muitos casos, os moradores mais distantes estão sendo obrigados a caminhar quilômetros para adquirir a água tratada. Os pipeiros lamentam que, em algumas comunidades, os caminhões acabam retornando ainda com água nos tanques devido às caixas de distribuição se encontrarem cheias, uma vez que os ruralistas nestas comunidades se recusam ou não encontram condições de se deslocarem de suas casas para buscar água nos reservatórios designados. “Uma vez a caixa cheia, não podemos mais distribuir a água do tanque do caminhão para as famílias, pois podemos ser severamente punidos com o corte do cadastro do programa”, esclareceram os pipeiros.