Pré-candidato à presidência da OAB/Bahia, Fabrício Castro, conselheiro federal da OAB Bahia, classificou, em entrevista ao site Achei Sudoeste, como “força maligna” uma possível intervenção militar no Brasil diante do enfraquecimento da democracia. Para ele, os principais poderes de sustentabilidade da democracia nacional estão 'capengando'. O conselheiro foi incisivo ao dizer que a mistura entre o judiciário e a política está fazendo mal à nação, que está observando os cidadãos perderem seus direitos, assim como os próprios advogados estão perdendo as suas prerrogativas de atuação. Do ponto de vista do conselheiro federal da OAB, a militarização tem ganhado forças no atual momento de embate político em que o executivo, o legislativo e o judiciário se encontram entrelaçados em interesses partidaristas.
“No momento em que o estado policial se fortalece, perde a democracia, perde a cidadania e perde a advocacia. O pior no momento é que estamos vivendo a judicialização da política e a politização da justiça, combinação perigosa para a liberdade da nação”, refletiu o advogado. Em seguida, Castro reforçou o seu temor e apelou para a não militarização do país. “Na minha concepção, as forças malignas, ou seja, a intervenção ou golpe militar poderá sim vencer no Brasil, por isso necessitamos de um judiciário fora da atual política. Os juízes, principalmente do supremo, afastados da política, sem julgarem nos microfones baseados em interesses partidaristas. Precisamos de um judiciário que dê segurança jurídica à nação”, pontuou.