Através de uma audiência pública realizada em Brumado, representantes de vários órgãos da sociedade civil organizada debateram o combate ao extermínio da juventude. Promovido pelo setor jovem da Igreja Católica, o evento foi intermediado pelo locutor Teônio Lima. Os representantes presentes apontaram as problemáticas sociais que têm contribuído para o aumento da violência contra os jovens. Coordenador do setor jovem, Marlon Lucas disse ao site Brumado Notícias que o evento visa identificar as causas do aumento da violência no intuito de que o poder público possa se comprometer em amenizar o problema. “O objetivo principal desse encontro é promover debate, reflexão e estudo que ajudem a sociedade civil a se inteirar da problemática. Estamos discutindo o que pode ser feito no combate ao extermínio da juventude e enxergamos isso com lamento e preocupação, pois estamos carentes das políticas de educação, lazer, cultura. Faltam políticas públicas que atendam aos interesses da juventude. O que temos de projeto para a juventude em Brumado? O que temos de concreto para que nossa juventude possa se promover? O problema é estrutural, social e político”, afirmou Marlon.
Já o Major Sílvio Berlink, comandante da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), aponta que faltam limites para a juventude e mais participação familiar em estabelecer esses limites. “Todas as políticas envolvendo jovens em que se estabelece limites, a participação da família nos preocupa. O limite é algo que precisa ser imposto, pois o mesmo tamanho do sim é o tamanho do não”, destacou o comandante, que foi apoiado pelo Juiz da Vara da Infância e da Juventude, Genivaldo Alves Guimarães. O magistrado declarou que as famílias estão se omitindo na educação dos jovens. “As drogas causam diversos conflitos sociais, mas, além disso, temos também os desajustes das famílias que tentam transferir para as autoridades a responsabilidade quanto à educação dos filhos. Nunca vamos extinguir a violência, mas temos que combatê-la e contribuir para que os efeitos dessa violência sejam reduzidos”, concluiu Guimarães.