O município de Brumado se uniu em definitivo à paralisação nacional dos caminhoneiros. No final da tarde desta segunda-feira (28), os munícipes se concentraram na escadaria e na Praça da Matriz, onde em uma só voz cantaram o Hino Nacional e, em seguida, partiram em passeata para se encontrarem com os caminhoneiros no trevo de entrocamento da BA-262 com a BR-030. Atendendo ao apelo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), empresários, comerciantes e atendentes fecharam o comércio mais cedo e acompanharam a manifestação popular, que seguiu com boa parte dos manifestantes vestida em verde e amarelo, alguns de caras pintadas e a maioria tremulando a Bandeira do Brasil. No encontro com os motoristas, a sociedade brumadense foi recepcionada com uma grande faixa de agradecimento pelo apoio recebido desde o início da mobilização.
A passeata contou com o apoio da Polícia Militar da Bahia, representada por guarnições da 34ª CIPM e da 2ª Companhia Independente da Polícia Rodoviária Estadual, que fez a escolta dos manifestantes em todo o percurso da passeata, que logo virou carreata, já que centenas de carros e motocicletas entram no movimento com buzinaços. No entrocamento, os caminhoneiros e representantes da sociedade civil utilizaram um carro de som para falar à multidão sobre as reivindicações que envolve a redução geral nos preços dos combustíveis. No local voltaram a entoar juntos o Hino Nacional e finalizaram o encontro de mão dadas erguidas para o céu proferindo a Oração da Pai Nosso.
“O presidente Temer não entendeu ainda o significado desse clamor. A comunidade brasileira está dizendo que estamos cansados desse desgoverno e de tantos desmandos com a economia do nosso país. Agora não é só a paralisação dos caminhoneiros, é também a paralisação de toda uma nação descontente, não apenas com os abusivos preços dos combustíveis, mas com a falta de gerenciamento honesto com a verba pública, que impede o paciente de ter um atendimento decente nos hospitais e os nossos filhos de terem uma educação de qualidade. É uma manifestação generalizada contra a falta de investimentos na nossa segurança, onde temos acompanhado cada vez mais a morte dos nossos corajosos soldados, delegados e servidores da polícia em geral. É um clamor popular de insatisfação com a corrupção ativa que vem desviando os recursos gerados pelos altos impostos pagos pelo povo e agora os colarinhos brancos de Brasília querem nos obrigar a cobrir os rombos que eles criaram por retirar do erário público o que era para gerenciar a nação. Hoje, o Brasil está ouvindo o grito de 70 mil habitantes de uma pequena cidade da Bahia, cansados da inoperância dos que querem escravizar a nação. Brumado está com os caminhoneiros”, declarou o caminhoneiro Beto Mota ao site Achei Sudoeste.