A Polícia Federal em Alagoas confirmou em entrevista coletiva que as fraudes investigadas na operação “Terra Prometida” tinham participação de funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de sindicalistas, além de proprietários rurais. Três pessoas foram presas nesta segunda-feira (12), mas os nomes delas não foram divulgados. De acordo com a PF, o esquema levou à concessão de ao menos 21 benefícios ilegais, entre aposentadoria rural por idade, pensões por morte rurais e salários-maternidade rurais, gerando um prejuízo de cerca de R$ 600 mil. De acordo com a PF, os proprietários rurais emitiam as certidões em troca de dinheiro, assim como também recebiam os funcionários que participavam das fraudes. Ainda não há um número exato de quantas pessoas estão envolvidas no esquema. De acordo com o G1, as investigações apontam que a quadrilha agia há pelo menos 5 anos, nas cidades de Água Branca, Delmiro Gouveia e Canapi. Os policiais prenderam dois servidores da agência do INSS em Delmiro e uma outra pessoa em Canapi, que intermediava o esquema. Além dos três mandados de prisão, a PF também cumpre 21 mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, as apuração dos crimes começou em 2016, após denúncias recebidas pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) da Secretaria de Previdência, que realizou levantamento das irregularidades desde o ano de 2012. As investigações continuam. A PF estima que a desarticulação da quadrilha possibilite uma economia de mais de R$ 3 milhões em valores que seriam pagos futuramente aos supostos beneficiários.