O desembargador João Pedro Gebran Neto votou na manhã desta quarta-feira (24) favorável à manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo aumento da pena de 9 anos e meio para 12 anos e 1 mês, além de 280 dias-multa do caso do tríplex do Guarujá. O que está sendo julgado é o recurso à decisão em 1ª instância, emitida pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal. Ao terminar o seu voto, que tinha mais de 400 páginas, Gebran Neto afirmou que o fato do réu ser um ex-presidente torna mais difícil a tarefa do julgador. “Nenhum juiz condena ninguém por ódio. Nada mais constrange um magistrado do que ter que condenar alguém em matéria penal”, afirmou, citando o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Cézar Peluso. Apesar de opinar pelo aumento da pena de Lula, o desembargador manteve a punição do ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro, o “Léo Pinheiro”.