O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi denunciado mais uma vez em decorrência da Operação Lava Jato, desta vez por corrupção passiva. A nova investigação aponta para supostos crimes de corrupção em pagamentos de propina da Construtora Oriente, por intermédio do coordenador Alex Sardinha e do diretor Geraldo André de Miranda Santos. Os dois também foram denunciados. A Oriente foi responsável no Governo do Estado por obras emergenciais em Araruama, Saquarema e Maricá, além da aplicação de asfalto da Baixada Litorânea, pelas quais teria pago vantagens indevidas. De acordo com o G1, documentos apreendidos com Sardinha, segundo o Ministério Público Federal (MPF), demonstram “claramente” que os valores pagos à Hudson Braga pela empresa representavam a “taxa de oxigênio” naquelas intervenções urgentes. De acordo com os procuradores, houve pagamentos de propina da Oriente a membros do Governo Cabral entre 2010 e 2014. Os procuradores afirmam ainda que a taxa de oxigênio existia independentemente dos 5% de propina cobrados por Cabral e que serviria para o pagamento de favores a integrantes da Secretaria de Obras, liderada por Hudson. Cabral e Hudson negam as acusações. A investigação aponta que o valor era pedido pelo secretário de obras Hudson Braga com a anuência do ex-governador e recebido pelo aliado da dupla, Wagner Jordão Garcia, que também foi denunciado. Em um e-mail de Sardinha a Wagner Jordão, o empreiteiro fala em “O2”, em alusão ao oxigênio.