Com o apoio da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), na manhã desta quinta-feira (07), a prefeitura de Brumado impediu o avanço de uma invasão de terra que havia sido iniciada na tarde de ontem (06). Uma máquina retroescavadeira e uma caçamba foram utilizadas para retirar os piquetes já fincados pelos invasores para demarcar o que seriam as áreas de posse. O terreno é uma área da União cedida ao Município para construção do parque da cidade em frente ao campus do Ifba, às margens da BA-148. Durante a operação, havia um pequeno grupo que utilizava ferramentas para roçagem e instalação de mais piquetes, porém o mesmo parou as atividades pacificamente após a abordagem da polícia e da equipe da prefeitura. O site Achei Sudoeste ouviu no local o representante da assessoria jurídica da prefeitura, Igor Marinho, e o mesmo confirmou que a área realmente pertence à União, porém já destinada para o projeto de construção do parque da cidade. Por isso, segundo ele, a prefeitura não poderia permitir a apropriação indevida do terreno.
“É uma área da União com concessão de uso para criação do parque. Com a invasão, a prefeitura utilizou do seu poder de polícia e veio ao local, onde contatou as pessoas envolvidas e explicou a situação. Nosso objetivo agora é sentar com essas pessoas sem habitação, pois entendemos que é um dever do estado promover habitação para quem não tem condições. Vamos buscar viabilizar junto ao governo do estado habitações para essas pessoas, porém não podemos permitir essa invasão”, destacou Marinho. Nossa reportagem também ouviu os sem terra e os mesmos alegaram que por se tratar de um terreno da União a intenção era tomar posse não para moradia, mas para o plantio. “É uma terra boa, mas que está ociosa, e nossa intenção é simplesmente fazê-la produzir tanto para o nosso consumo como para comercialização para ajudar na nossa renda familiar. Só queríamos um pedacinho de terra para poder plantar. Não estamos aqui para confronto com a polícia, queremos paz. Já que está acontecendo esse embate vamos recuar e buscar mais informações sobre a propriedade e tentar um acerto com a própria prefeitura”, disse Manoel de Souza Bastos, em nome dos 120 agricultores sem terra.