Em coro orquestrado pela vereadora Ilka Abreu (PR), os vereadores de Brumado manifestaram apoio ao prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB) quanto às preocupações em torno do projeto de construção de uma adutora na Barragem de Cristalândia, com a finalidade de abastecer a cidade de Tanhaçu. A obra será executada sem antes elevar a crista para aumentar a capacidade de armazenamento do manancial. Durante a sessão realizada na manhã de hoje (29), os vereadores disseram que vão se mobilizar junto ao prefeito e demais lideranças do município de Malhada de Pedras a fim de buscar sensibilizar o governador Rui Costa (PT) para dar prioridade à ampliação da capacidade de armazenamento do manancial. “Água é vida e é para todos. Por isso, somos a favor de servir também aos municípios de Tanhaçu, Ituaçu, Aracatu ou quem quer que seja. Porém, temos de ser coerentes com o quadro atual em que nos encontramos. O projeto põe em risco o abastecimento para Brumado e Malhada de Pedras, pois o acumulado não é suficiente para agregar mais um município. Nosso apelo ao governo do estado é para que, antes mesmo de se construir essa adutora, que seja feita a ampliação da barragem para não sofremos um colapso no abastecimento”, ponderou a vereadora Ilka Abreu em entrevista ao site Achei Sudoeste.
O presidente da casa legislativa, Leonardo Quinteiro Vasconcelos (PDT), também reforçou a visão da colega. “Não temos nada contra a intenção do governador de levar água da Barragem de Cristalândia para Tanhaçu. São nossos irmãos e vizinhos e também merecem, porém é sem lógica que o Distrito de Cristalândia, onde está a barragem, não receba da própria água, enquanto a proposta da Embasa é retirar água para outro município. Nosso entendimento nesse momento se alinha ao entendimento do prefeito, de que primeiro o governo e a Embasa devem aumentar a capacidade da barragem para em seguida construir a adutora para atender Tanhaçu”, argumentou. Em reportagem anterior, no ano de 2016, ouvimos de um técnico da Embasa que o momento não era propício para abastecer a região do Distrito de Cristalândia com água de sua barragem, pois envolvia uma logística dispendiosa, que teria de canalizar a água tratada da sede do município para o distrito. Na época, a solução apresentada pelo técnico foi a construção de uma adutora para atender a localidade, o que não foi realizado.