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15/Out/2013 - 10h20

Eleições no PT: Ernesto Marques critica Jonas Paulo durante campanha em Brumado

Eleições no PT: Ernesto Marques critica Jonas Paulo durante campanha em Brumado Candidato do cargo de presidente estadual do partido fez campanha na capital do minério no último domingo (13). (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

Candidato ao cargo de presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições baianas, Ernesto Marques esteve no último domingo (13) em Brumado para fazer sua campanha. Em entrevista exclusiva ao site Brumado Notícias, o petista criticou duramente seu companheiro de sigla Jonas Paulo, atual presidente do PT baiano, a quem Marques faz oposição. “O presidente do partido se burocratizou demais, priorizou demais o jogo eleitoral sobre a política, de forma mais ampla. Nós entendemos que é importante participar e vencer eleições, mas, sobretudo, é fundamental o partido ter um candidato que não somente possua condições de vencer, mas também de colocar em prática o programa de governo petista”, argumentou Marques. Para o candidato, o atual presidente desorganizou o partido ao aumentar exageradamente o número de comissões provisórias em detrimento dos diretórios municipais. “Ele [Jonas Paulo] passou por cima dos debates dos diretórios municipais, abortou candidaturas e impôs outras que não eram desejadas pela maioria dos filiados nos municípios. Ele ainda abriu o PT de forma excessiva para pessoas que não têm vinculação com o programa e história do partido”, criticou. E de acordo com Ernesto Marques, essa reprovação à forma de gerir o partido, praticada por Jonas Paulo, é um sentimento de muitos petistas baianos, “é compartilhado, talvez, pela maioria do partido”. 

Eleições no PT: Ernesto Marques critica Jonas Paulo durante campanha em Brumado “Essa é a maior ameaça que paira sobre o PT”, diz Marques sobre Jonas Paulo e as próximas eleições na Bahia. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

Mesmo com esse racha no partido, Ernesto Marques acredita que o prejudicial ao PT nas próximas eleições para o governo baiano é a qualidade da direção política de Jonas Paulo. “O fato de a gente ter divisões internas é uma coisa que não é novidade, esse sempre foi um partido formado por agrupamentos internos, que tradicionalmente se organiza por questão de identidade ideológica”, explicou. Marques reiterou, em adição, que a falta de política e o desempenho da militância podem fragilizar uma candidatura petista em 2014. “O abatimento da militância por causa dessa forma desastrosa e despolitizada de dirigir o partido como se ele fosse apenas uma máquina eleitoral, é a maior ameaça que paira sobre o PT. Isso é potencialmente mais perigoso do que a campanha feita nacionalmente contra o partido”, ponderou. O candidato de oposição a Jonas Paulo foi enfático ao dizer que mesmo sendo difícil, ainda dá tempo de arrumar o partido para as eleições estaduais “O simples fato de a gente ter no partido uma nova correlação de forças a partir dessa eleição interna de 10 de novembro, já será, sem sombra de dúvidas, uma grande injeção de ânimo na militância, assim como foi o simples fato de termos pelo menos uma chapa competitiva e disputando para vencer. Isso já animou bastante a nossa militância no estado inteiro”, comentou.

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