As eleições municipais no município de Ibicoara, no sudoeste baiano, foi uma das mais turbulentas e acirradas de sua história. A diferença de votos entre os adversários foi mínima: o prefeito eleito Arnaldo Silva Pires (PSL) teve 49,77 % (5.061) dos votos válidos contra 49,35% (5.018) para a ex-prefeita Sandra Vidal (PCdoB). Além disso, a disputa pela prefeitura foi marcada por muitas denúncias de compra de votos, intimidações de autoridades e por parte da força policial. A candidata derrotada, ex-prefeita Sandra Vidal, apresentou denúncias perante a justiça e na manhã desta quinta-feira (03) ela esteve no município de Brumado. Vidal aproveitou a oportunidade e concedeu entrevista ao site Brumado Notícias para falar sobre o processo e audiência que jugará as denúncias por ela protocoladas. De acordo com a ex-prefeita, a audiência está prevista para o dia 17 de outubro na Comarca de Barra da Estiva e será presidida por um novo juiz e um novo promotor. “Isso é importante para que não haja parcialidade na avaliação, já que o novo juiz e o novo promotor não estiveram envolvidos no processo das eleições no município”, considerou a ex-gestora. Para Sandra, a eleição de Ibicoara foi um golpe político. “Foi um golpe para tirar o poder das minhas mãos e passar para Arnaldo Silva Pires, que tudo mundo bem conhece. Eu só quero que justiça seja feita e acredito que a justiça na Bahia mudou e está de cara nova, tenho acompanhado vários casos e observo que no estado a justiça tem sido feita”, disparou. E durante a entrevista, ela fez questão de reforçar suas denúncias de corrupção. “As eleições em Ibicoara teve muita compra de votos, abuso de autoridade, ao ponto de aparecer na cidade no dia da eleição Polícia Federal, Polícia Militar, Cipe Sudoeste, algo que não era necessário. Eles estavam intimidando o povo, abordando as pessoas na hora da votação, o que fez muitos eleitores ficarem nervosos, alguns até deixaram de votar e nem saíram de casa”, indignou-se. Ao final da entrevista, Sandra Vidal contou ainda outra denúncia: “Teve quem falou para mim que votou, mas não viu meu rosto na urna eletrônica e os ficais não tomaram providências, pois a maioria na época eram partidários do meu adversário”.