Acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio, a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, é alvo de um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal. Também nesta terça-feira (6), Cabral, Adriana e mais 11 pessoas viraram réus na Lava-Jato. O cumprimento do mandado de prisão de Adriana acontece 19 dias após o do marido Sérgio Cabral, apontado como líder do grupo que desviou ao menos R$ 224 milhões em obras com diversas empreiteiras em troca de aditivos em contratos públicos e incentivos fiscais. O escritório de Adriana Ancelmo arrecadou, em contratos com 40 clientes nos últimos oito anos (2008-2015), R$ 78 milhões. Os investigadores suspeitam de uma conexão entre os bilionários benefícios fiscais concedidos pelo governo Cabral - cerca de R$ 140 bilhões em renúncia entre 2008 e 2013 - e estes contratos. Figuram na lista de clientes da ex-primeira-dama a Telemar, a CSN, a Light, a Reginaves, o Metrô, a Brasken e a Unimed, entre outras favorecidas pelos benefícios.