Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) detectaram que 40 empresas em todo o Brasil podem ter sido usadas para lavar dinheiro em benefício do projeto eleitoral da petista Dilma Rousseff (PT) em 2014. A lista completa de empresas inclui gráficas fantasmas, edificações simples apenas no reboco, casas comuns em bairros residenciais e até um casebre com um puxadinho de madeira. Na prestação de contas de Dilma, porém, essas empresas constam como prestadoras de serviços. As empresas receberam R$ 55,26 milhões considerados suspeitos pela Justiça Eleitoral. De acordo com a Veja, o TSE já havia encontrado indícios de lavagem de dinheiro por meio da empresa VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda, que recebeu R$ 22,89 milhões da campanha de Dilma para imprimir santinhos, da empresa Rede Seg Gráfica e Editora, que embolsou R$ 6,14 milhões para a impressão de folders, e da DCO Informática, que amealhou R$ 4,8 milhões. O endereço da VTPB, no bairro da Casa Verde, em São Paulo, está desativado. O dono oficial da Red Seg é um motorista. A DCO, na cidade de Uberlândia (MG), não tem sequer alvará de funcionamento e, contratada para enviar mensagens eletrônicas aos eleitores, conta com apenas um notebook. O coordenador jurídico da campanha de Dilma de 2014, Flávio Caetano, afirmou que “as contas da campanha presidencial de 2014, que compreendem tanto as doações recebidas como as despesas efetuadas, já foram apreciadas e aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral, com a decisão transitada em julgado em abril de 2015”.