Os professores de Brumado estão barganhando R$ 2,6 milhões com a administração municipal, valor que seria para o reajuste da folha de pagamento para adquirir a aprovação do plano de carreira da categoria. A proposta da APLB/Sindicato foi a única apresentada durante mais uma mesa de negociações com o chefe do executivo municipal, que insistiu no veto do reajuste de 7%. Segundo apurou o site Brumado Notícias, na oportunidade, o prefeito justificou uma falta de atenção com o teto da folha, que estaria prestes a exceder o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim, o gestor ofereceu 0% de reajuste aos professores. Ele declarou que os professores e os vereadores poderiam derrubar o veto, mas a prefeitura não tem como pagar o reajuste e o embate seria levado para esfera judicial. A decisão não agradou os representantes sindicais e os professores.
Para não sair da mesa de negociações sem nenhum avanço, o que poderia culminar na paralisação do ano letivo do município, os representantes sindicais propuseram ao gestor a aprovação do plano de carreira na próxima semana e o reajuste salarial a partir do mês de outubro. A proposta foi aceita pelo prefeito e as partes assinaram o termo acordado em mesa. Desta forma, a sessão da câmara de vereadores que votaria apenas o veto foi cancelada, dando lugar a uma assembleia dos professores com o sindicato. “Nossa proposta também foi indecorosa, pois tivemos de nos sacrificar e comprar o nosso plano de carreira por R$ 2,6 milhões, sendo que o mesmo é um direito nosso constituído por lei. Pelo menos temos o consolo de saber que o plano será aprovado a partir do próximo ano e os professores não precisarão mais mendigar reajuste com a administração. A longo prazo, vai valer a pena”, disse Vanuzia Lobo, diretora do núcleo regional da APLB/Sindicato.