A população brumadense e sua comunidade médica aguardam com ansiedade os projetos de expansão para a saúde local. O município foi classificado para possível implantação de uma Faculdade de Medicina, no entanto, o projeto, que depende do programa federal Mais Médico II, está travado pelo governo federal, pois faz parte do pacote de gestão da presidente afastada, Dilma Rousseff. Outro investimento aguardado pelos brumadenses é a implantação de uma Policlínica Regional, que depende da formação de um consórcio com os 21 municípios pactuados da microrregião. O site Brumado Notícias apurou que apenas 11 municípios assinaram até agora a adesão ao consórcio, quando o governo pede pelo menos 16 assinaturas para liberar a ordem de serviços. O entrave se deve ao posicionamento político da cidade de Paramirim, que não aprova o modelo de policlínica do estado e tem influenciado outros municípios a não aderirem ao consórcio. Brumado também espera a inauguração e funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI); os prédios das unidades - adulto e neonatal - já estão prontos no complexo do Hospital Professor Magalhães Neto, com dez leitos cada.
No início desta semana, o governador Rui Costa (PT) atestou que pretende por as unidades em funcionamento, o que surpreendeu a administração municipal, vez que em datas posteriores o governador havia declarado que o estado não poderia assumir o ônus das unidades. Os representantes das duas administrações vão se encontrar para definir como será o custeio para manutenção das UTIs. Já a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está com suas obras concluídas desde o primeiro semestre - o município diz que está aguardando o recebimento da terceira e última parcela, no valor de R$ 350 mil, do convênio celebrado com a União para compra dos equipamentos da unidade. Dessa forma, mesmo coma o prédio pronto, a prefeitura não pode confirmar quando o equipamento estará à disposição da comunidade. Dentre todos esses fatores, o que mais tem impedido a expansão da saúde em Brumado são interesses políticos e a recessão econômica que afeta os cofres públicos. Todavia, os escândalos de corrupção comprovam que não falta dinheiro, mas sim gerenciamento responsável do recurso público.