Quem busca atendimento no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) em Brumado já sabe: é preciso chegar desde a madrugada para conseguir um lugar na fila. Mas ainda assim, mesmo chegando cedo, as centenas de pessoas que comparecem ao SAC todos os dias sabem que estar na fila não é garantia de atendimento. A quantidade limite é 120, número da cota de atendimento diário que a unidade faz. No início da manhã desta sexta-feira (06), a reportagem do site Brumado Notícias acompanhou o drama de famílias inteiras que se deslocam de municípios circunvizinhos a fim de providenciarem suas documentações através do SAC em Brumado. A dona de casa Sandra Rodrigues, da cidade de Livramento de Nossa Senhora, chegou ao local com seus dois filhos às 5 horas da manhã. Mesmo chegando cedo, a família faz parte do grupo que não será atendido. “Acordamos antes das 4 horas e chegamos às 5 achando que tinha chegado cedo, mas a fila já estava grande e acabamos ficando sem a senha”, disse Rodrigues, que tenta sem sucesso pela segunda vez fazer os documentos de identidade dos filhos. A situação de Samuel Farias, também livramentense, é ainda pior. Já compareceu quatro vezes à unidade e continua sem conseguir a desejada senha de atendimento. Mas Lizete Silva, conterrânea dos outros entrevistados e que chegou ao SAC às 2 horas da madrugada, explicou porque está sendo difícil conseguir atendimento. “Existem pessoas vendendo lugar na fila. Dependendo do lugar onde a pessoa esteja o valor pode variar entre R$ 20 ou R$ 30”, denunciou Lizete, que considera tal ação desonesta e injusta. “Quem fica guardando o lugar não está precisando do atendimento e atrapalha a vida de quem está necessitando ser atendido”, completou a dona de casa. Sabendo da situação, os populares não atendidos até apelaram para que a Polícia faça ronda no local durante a madrugada, a fim de inibir a ação dos vendedores de fila.