Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias Por: Evilásio da Silva Amorim
Os investigadores da Polícia Civil tomaram a decisão de não serem os responsáveis em cuidar da custódia dos presos na carceragem da delegacia de Brumado. Essa iniciativa acontece após mais uma tentativa de fuga frustrada ocorrida na madrugada do último domingo (12) de cobertura da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin). O chefe do Serviço de Investigação da Polícia Civil de Brumado, José Guimarães representando a categoria concedeu uma coletiva de imprensa e falou do desvio de função que são submetidos. “São 15 investigadores na coordenadoria que ao invés de estarem em campo elucidando os crimes, ficam retidos na delegacia fazendo custodia de presos e essa não nossa função”, afirmou. Ainda segundo o chefe do SI, divergências entre o alto escalão das polícias civil e militar no município, contribuiu para a decisão dos investigadores. Guimarães ressaltou que a cadeia municipal se tornou uma área de risco constante para os policiais, pois na ultima revista nas celas foram encontrados vários objetos perfurantes feitos artesanalmente pelos presos que põe em risco a integridade física dos agentes.
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias Com essa medida que foi comunicada ao sindicato estadual que representa a categoria, à partir desta semana estarão suspensas as vistas dos parentes e dos advogados aos presos. “Vamos fazer a entrega passo a passo, para que se dê tempo ao estado tomar suas providencias, mas nossa decisão não volta atrás, não tomaremos mais conta das custodias”, destacou o investigador. O Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil OAB/21ªSubseção Brumado serão notificados da decisão que se tornou insustentável para os agentes da Polícia Civil. A expectativa é que investigadores nos demais município de abrangência da 20ª Coorpin adotem essa mesma postura dos policiais de Brumado. Esse posicionamento preocupa o conselho municipal de segurança bem com toda a cúpula da segurança pública na região. O chefe dos investigadores falou sobre o risco de ocorrerem novas tentativas de fugas e rebeliões nas cadeias. “Sabemos que isso pode acontecer, mas preso não é responsabilidade dos investigadores da polícia civil, preso é de responsabilidade da justiça, então a justiça é que deverá tomar as medidas cabíveis”, finalizou.
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