Na cerimônia em que foi empossado como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Gilmar Mendes afirmou que o “país se reorientou” e que o Brasil “leniente e apático ficou para trás”. A declaração foi dada quando o magistrado se referia ao julgamento do mensalão e à operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ocupará a vaga de presidente do TSE no lugar de Dias Toffoli. O mandato se encerra em fevereiro de 2018. Ao lado do presidente em exercício, Michel Temer, Mendes fez duras reflexões sobre a crise que o país atravessa e se referiu ao período recente da vida pública como “tragédia de erros que desestabilizou a economia e destroçou o sistema político-eleitoral”. Ele falou em “explosivos problemas”, “terríveis e ininterruptas tempestades”, “abissal crise política”, e “presidencialismo de cooptação”. A final de cada crítica, porém, ressaltava a importância e força das instituições brasileiras para enfrentar os problemas. No comando da Corte, Mendes estará à frente da organização das eleições municipais deste ano.