Após o prefeito de Brumado, Aguiberto Lima Dias (PSL), encaminhar projeto de reajuste salarial dos professores municipais, que prevê aumento de 8,68% nos salários da categoria, para ser votado na Câmara de Vereadores, sindicalistas e professores se reuniram na noite da última segunda-feira (26), na Biblioteca Jarbas Passarinho, a fim de debater a proposta apresentada pelo executivo municipal. Ao final da reunião, os docentes decidiram rejeitar a proposta de reajuste. Em entrevista ao site Brumado Notícias, Gilvan Moreira, diretor do Núcleo da APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia - no município, declarou que a categoria ficou bastante insatisfeita com a contrapartida da prefeitura, tendo em vista que nos últimos dias a administração apresentou altos reajustes a outros setores administrativos. “Primeiro, o prefeito deu um reajuste de 45% aos cargos de confiança comissionados; depois, ainda deu um reajuste de 80% ao servidor Raimundo Lima Dias, seu irmão, que é técnico em contabilidade da prefeitura. Esse último reajuste seria uma gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET). Agora, oferece míseros 8,68% de reajuste aos professores. Isso é uma humilhação com a categoria que tem colocado a cidade de Brumado entre os primeiros no ranking da educação no estado. Além disso, tem funcionários que trabalham na área da educação que não são professores, recebendo reajuste de 14% de aumento, com recursos do Fundeb, o que mostra total incoerência com os professores”, disse Gilvan.
O diretor da APLB no município afirmou que os professores irão apelar aos vereadores para que os mesmos votem contra a proposta de reajuste da prefeitura. Simultaneamente, a categoria irá realizar diversas paralisações ao longo deste ano, a começar por um manifesto público que já está marcado para o dia 7 de setembro, durante as comemorações cívicas no município. Com relação a greve, o sindicalista deixou claro que não é descartada a possibilidade, mas que a categoria está estudando todos os ângulos da situação com o intuito de não prejudicar o ano letivo. Gilvan disse ainda que os professores, assim como a APLB e o Sindicato dos Servidores Municipais de Brumado (Sindsemb), estão dispostos a acionar o Ministério Público para que o executivo municipal seja obrigado a pagar o salário dos professores de acordo com o piso nacional da categoria.