A Bahia é o estado onde a presidente Dilma Rousseff (PT) tem, proporcionalmente, o maior apoio pela manutenção do seu mandato. Dos 39 deputados da Bahia, 24 se manifestaram contra o impeachment. O site Congresso em Foco, lembra que a Bahia é governada pelo petista Rui Costa, que sucedeu o também petista Jaques Wagner, hoje um dos ministros mais próximos à presidente, o estado mantém intacta a aliança nacional que elegeu a presidente. Mesmo ameaçados de expulsão e de perderem poder na legenda, os deputados do PP da Bahia devem votar contra o impeachment. Essa situação tem uma explicação: o vice-governador baiano é João leão, presidente do PP estadual e pai do deputado Cacá Leão. A família Leão não está disposta a trocar o poder no estado pelo voto pró-impeachment. O mesmo acontece com Mário Negromonte Jr. Ele é filho do ex-deputado e ex-ministro das Cidades do primeiro governo Dilma Mário Negromonte, hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios por indicação do governador Rui Costa e as bênçãos do hoje ministro Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência). João Leão aceita perder a direção do PP baiano e negocia a não expulsão do filho Cacá e de Negromonte Jr, pressionado pelo PT e pelo Planalto a votar contra o impeachment. O Partido Social Democrata na Bahia também apoia a presidente. O deputado Paulo Magalhães, por exemplo, é um dos mais fiéis escudeiros de Dilma. Vai votar contra o impeachment e tem trabalhado para conseguir atrair o voto dos indecisos. Os deputados Antônio Brito, Fernando Torres e José Nunes também devem apoiar a permanência de Dilma. O mesmo fenômeno ocorre com o Partido da República. Com dissidências pró impeachment em outros estados, na Bahia o PR garante o voto pró-governo dos deputados José Rocha, José Carlos Araújo e João Carlos Bacelar já anunciaram voto contra o impeachment e permanecem na aliança estadual com o PT. O mesmo fenômeno ocorre com o PDT baiano, que dará o voto do deputado baiano Felix Mendonça Junior contra o impeachment.