Pelo segundo mês seguido, a fuga de recursos da caderneta de poupança diminuiu. Segundo dados divulgados ontem (6) pelo Banco Central (BC), as retiradas superaram os depósitos em R$ 5,38 bilhões em março, quando os brasileiros pouparam R$ 164,397 bilhões, mas sacaram R$ 169,777 bilhões da caderneta. Apesar da diminuição dos recursos aplicados na poupança, os saques tiveram queda em março. De acordo com a Agência Brasil, a retirada líquida tinha ficado em R$ 12,032 bilhões em janeiro e R$ 6,639 bilhões em fevereiro. As retiradas também diminuíram em relação ao mesmo mês do ano passado. Em março de 2015, a caderneta tinha registrado saques líquidos de R$ 11,438 bilhões. No acumulado de 2016, no entanto, os brasileiros retiraram mais recursos da poupança. De janeiro a março, a retirada líquida somou R$ 24,05 bilhões, contra R$ 23,231 bilhões no mesmo período do ano passado. Desde janeiro de 2015, a caderneta de poupança registra retirada expressiva de recursos. Isso ocorre por causa do aumento de juros, que tornam mais atrativas aplicações em fundo de investimento, e da perda de rentabilidade diante da inflação. Nos últimos 12 meses, a caderneta rendeu 8,29%, contra inflação oficial de 11,08% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o BC, a recessão econômica também contribui para a fuga de recursos da poupança. Por causa da crise e do desemprego, os brasileiros têm menos sobra de dinheiro para aplicar na caderneta e precisam sacar mais recursos para pagar dívidas.