Assim como em outras cidades da Bahia, Brumado não possui um local adequado para armazenamento ou reaproveitamento de lixo eletrônico. Diante disso, é comum encontrar peças de televisores e computares depositadas em pilhas de entulho espalhadas na cidade. Em 2014, professores e alunos do IFBA lançaram um projeto para recolhimento e reaproveitamento desse tipo de material. O projeto tinha por objetivo fazer o município de Brumado cumprir a lei nacional dos resíduos sólidos, que impede o lançamento de resíduos tóxicos no meio ambiente. Na época, a população abraçou a iniciativa e foram recolhidos muitos computadores que seriam jogados irregularmente no meio ambiente; alguns serviam para os alunos do curso de informática, que consertavam os equipamentos. No entanto, como não havia local adequado para descarte, meia tonelada de carcaça eletrônica acabou ficando armazenada no local cedido pela prefeitura.
Conforme esclareceu o professor Vinícius Carvalho Souza em entrevista ao site Brumado Notícias, o projeto ficou emperrado, pois esbarrou na própria lei federal, que, ao invés de facilitar para incentivar a criação de novas empresas recicladoras, dificulta o progresso de aplicação da lei por conta dos seus muitos trâmites burocráticos. Além disso, segundo o professor, a lei não dá as devidas informações aos órgãos públicos para lidar com o assunto. “Procuramos informações de como proceder para legalizar um local para depósito e até reaproveitamento desse tipo de lixo, mas nenhum órgão soube nos responder”, disse. Em todo território baiano só há três empresas de recolhimento de lixo eletrônico, todas localizadas em Salvador.