Ao término dos três dias da reunião do comitê de emergência para a zika, organizado pela Organização Mundial de Saúde, uma das conclusões é que os métodos usados até aqui no combate ao principal vetor da doença, o mosquito aedes aegypti, têm sido ineficazes. Para os especialistas da OMS, é preciso investir em métodos alternativos para a redução da população de mosquitos, como o uso de mosquitos geneticamente modificados para conter o surto ou a infecção desses insetos com uma bactéria que os torna inférteis. Atualmente, 67 companhias e institutos de pesquisa em todo o mundo trabalham no controle da epidemia de zika. Desse total, 31 dedicam-se a métodos de diagnóstico, 18 ao desenvolvimento de vacinas, 8 ao tratamento da doença e 10 ao controle do mosquito. Quanto ao lançamento de uma vacina, no entanto, a diretora-adjunta da OMS, Marie-Paule Kieny, afirma que um produto bem sucedido pode chegar "tarde demais" para a América Latina. "Nenhuma vacina ou terapia [específica para a zika] foi testada ainda em humanos", declarou Kieny. A prioridade da OMS é a de desenvolver uma vacina que possa ser aplicada em mulheres em idade fértil ou mesmo gestantes.