No âmbito das discussões acerca da privatização ou estadualização da saúde da cidade de Brumado, a presidente do conselho municipal de saúde, Conceição Machado, disse que nem o estado e nem a iniciativa privada atenderiam aos anseios da comunidade local no que se refere à prestação de serviços de qualidade. Em entrevista ao site Brumado Notícias, a conselheira não titubeou ao afirmar que a administração estadual não tem dado real atenção à saúde do município, ao contrário, tem tirado o pouco repasse que ainda resta ao não prestar contas de suas responsabilidades na cidade. Conceição relatou que nos últimos três anos o município em comprimento a determinações judiciais exaradas em ações civis públicas propostas em benefício de pessoas necessitadas, que precisam tratar da saúde tem acordo com despesas que ela entende ser de responsabilidade do estado.
Segundo ela, desde o ano de 2013, Brumado já pagou cerca de R$ 500 mil em medicamentos e cirurgias que não são ofertados pelo município, esperando o ressarcimento do governo estadual. A conselheira citou a falta de pulso do governador Rui Costa (PT) em conceder a Brumado a instalação da policlínica regional, apontando o município como polo e o único estruturado para receber o equipamento na microrregião. Para Conceição, o estado tem sido negligente com suas obrigações relacionadas à saúde na microrregião e com isso o município acaba absorvendo uma despesa que foge do seu orçamento interno, tendo como agravante a dívida estadual e a redução dos repasses.