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09/Ago/2013 - 16h31

Santinho: “Leis, ao invés de proteger, estão marginalizando a juventude”

Santinho: “Leis, ao invés de proteger, estão marginalizando a juventude” Vereador diz que a lei impede os pais e a escola de educarem os jovens. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

Com um discurso inflamando na noite da última quinta-feira (08), durante a sessão legislativa, o vereador José Santos (PTC), o Santinho, desaprovou com veemência a forma como está sendo direcionada a educação à juventude. Segundo o parlamentar, por conta da força da lei os pais estão cada vez mais perdendo o poder sobre os filhos. “Em tempos atrás, os pais e as escolas tinham certo poder sobre seus jovens que hoje já não existe mais. Os pais não têm mais o poder de ensinar e educar seus filhos. Já fui disciplinado na escola, colocado de joelhos no milho, fui ‘reguado’, dei a mão à palmatória e cresci tendo coragem e respeito. Mas hoje há uma série de leis que protegem os jovens, que os pais não têm mais o direito de impor uma educação digna aos filhos”, declarou o vereador na sessão. Seguindo sua linha de raciocínio e fazendo mais paralelos com sua criação, Santinho disse discordar da lei que proíbe as crianças de trabalharem, mas não dá suporte para que as mesmas não sejam recrutadas pelo tráfico de drogas. “Os garotos não podem mais ir trabalhar. Eu comecei a trabalhar com nove anos de idade para ajudar minha família, e penso que a inserção do jovem cedo no trabalho vai ajudá-lo a crescer como cidadão de responsabilidade e respeito, e não para serem deixados soltos e criarem vergonha aos pais por irem presos”, comentou. De acordo com o vereador, “as crianças não podem ir para uma oficina aprender uma profissão, mas poder ficar nas ruas e aprender a vender drogas para ganhar dinheiro”. Santinho encerrou sua fala com um alerta: “A coisa não está boa e está encaminhando para ficar pior, se providências não forem tomadas o quanto antes. Pois as leis hoje existentes mais favorecem ao crime do que a formação do cidadão de bem”.

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José Sousa Pires
Parabéns vereador, pela coragem de mexer em uma problemática visível e que ninguém quer ver ou faz vistas grossas para a agradar a gregos e troianos. Infelizmente hoje se vê os jovens fazendo enfrentamento aos pais, aos professores e até agredindo-os, além do enfrentamento que faz a eles mesmos, inclusive muitas vezes com desfecho trágicos. Parece tardia, mas ainda é hora de alguém como o senhor o fez levantar o problema e não descansar, enquanto novas medidas (Leis), não forem implementadas para mudar essa realidade absurda que vivemos. Precisamos retomar os conceitos de família, tal qual é ensinado nas Escrituras Sagradas.
Lindaura Maria Silva
Concordo e o parabenizo por isso! Não precisa chegar a tanto, quanto ajoelhar no milho! Esse castigo é um tanto arcaico! Mas, nós pais, temos sim o direito educar nossos filhos sem violência, mas de uma maneira que nos impõe o respeito! Quanto aos professores, são os segundos pais na sala de aula! Nós pais, devemos orientar nossos filhos a tratá-los como tal! Meus filhos, foram orientados assim, como fui orientada por meus pais; se os pais de hoje orientassem seus filhos assim tenho certeza que não teria tanta violência nas escolas. Hoje o professor não pode colocar um aluno de castigo. Já presenciei mães que foram discutir com a professora por isso! Para isso que existe reuniões de pais e mestres! Se não houver uma política séria, está difícil concertar esse país!
Marcelo Gomes
Parabéns vereador. Falou tudo! Essa é a realidade do Brasil. Também comecei a trabalhar com sete anos de idade para ajudar a minha família. Já vendi geladinho, tempero verde, carreguei feira e tenho orgulho em dizer. Depois de muito esforço consegui guardar R$ 6 mil e fiz um curso técnico. Hoje já faz oito anos que trabalho em uma grande empresa, sou supervisor técnico, coordeno mais de 40 trabalhadores e tenho um ótimo salário mensal. Agradeço aos meus pais pela educação que eles me deram. Quem trabalha é honrado!

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