Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias O site Brumado Notícias obteve em primeira mão o relatório elaborado pela Secretaria de Saúde de Brumado (Sesau), que lista os atendimentos no Hospital Professor Magalhães Neto (HPMN) envolvendo vítimas de acidentes de trânsito e de agressões com armas brancas e de fogo. Como em todo o país, a lista aponta o trânsito como principal causador de acidentes. No município, os motociclistas estão no topo da tabela no que se refere a ferimentos e mortes. Segundo o relatório, do ano de 2014, foram registrados 1102 atendimentos nos itens listados - destes, 43 atendimentos foram de vítimas de perfuração por arma branca (faca), 48 por arma de fogo, 122 sofreram algum tipo de lesão em acidentes de carros e 889 pessoas foram vitimados em acidentes envolvendo motocicletas.
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias O secretário municipal de saúde, Cláudio Feres, comentou que os números envolvendo os acidentados por motos são alarmantes e mostra uma triste estatística que engrossa ainda mais o relatório da violência em âmbito nacional. Feres disse ainda que tais atendimentos geram um custo maior aos atendimentos nas redes públicas de saúde, pois os custos são mais elevados nos tratamentos e tempo de recuperação dos pacientes. Em números, o secretário apontou que, em média, o tratamento intensivo em UTI de um acidentado no trânsito fica em torno de R$ 100 mil por mês. “Isso é o custo financeiro mensal por base, sem se relatar que, após isso, muitos ficam com graves sequelas pelo resto da vida”, completou Feres.
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias Mesmo diante dos números alarmantes, a Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) informou a nossa reportagem que o relatório aponta apenas os registros de atendimentos no hospital, mas que o número real de acidentes sem vítimas contabilizados pelo órgão, bem como pelas Polícias Militar e Rodoviária Estadual, ultrapassam a somatória da Sesau. Ainda segundo a SMTT, em muitos casos, nem o órgão e nem as polícias são avisadas do ocorrido, já que as partes envolvidas muitas vezes entram em acordo por conta própria. A preocupação da superintendência é com o crescimento da frota de veículos na cidade - dos mais de 33 mil veículos emplacados no município, mais de 16 mil são motocicletas, o que pode aumentar também o índice de acidentes, os quais chegam a cerca de 2,5 por dia.
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