A presidenta Dilma Rousseff encarou as manifestações contra seu governo com aparente tranquilidade. Segundo ela, o governo tem que dialogar e saber do que se tratam os protestos. ”Ouvir é a palavra, e dialogar é a ação”, avaliou. Dilma diz que não quer consenso e que é preciso aceitar que “as vozes são diferentes”, principalmente em um país complexo como o Brasil. Apesar da posição de humildade, ela afirmou que “tem de haver responsabilidade com as instituições”, citando o Congresso, o Executivo e o Judiciário. Em discurso durante cerimônia de sanção do novo Código de Processo Civil, a presidente comentou os protestos em todas as regiões do país. “Ontem, quando eu vi centenas e milhares de cidadãos se manifestando, não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade e pela democracia. Esse país está mais forte do que nunca”. Em seguida, em entrevista à imprensa, ela declarou que está aberta ao diálogo, porém destacou que o governo tem de ter uma postura firme naquilo que acha importante. Segundo Dilma, o governo federal tem dado respostas coerentes aos pedidos que vêm das ruas, como o pacote de medidas de combate à corrupção, que deve ser anunciado nos próximos dias. Em contrapartida, ela garantiu que o ajuste econômico é essencial, reconhecendo que as armas de combate à crise se esgotaram e que agora o governo precisa “iniciar outro caminho”.