No Paraná, o Ministério Público Federal (MPF) vai pedir o ressarcimento de R$ 4,47 bilhões de executivos e empreiteiras envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. Além da medida, que faz parte das ações de improbidade que a promotoria apresentou à Justiça na última semana, os procuradores querem que as empresas sejam proibidas de fechar novos contratos com a administração pública. A acusação envolve as empresas Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia, Engevix e seus executivos, já denunciados criminalmente em novembro. No total, foram ajuizadas cinco ações. O valor inclui R$ 319 milhões de ressarcimento aos cofres públicos de recursos desviados para o pagamento de propina, indenização por danos morais coletivos de R$ 3,19 bilhões e pagamento de multa civil de R$ 959 milhões. Segundo o MPF, o valor do ressarcimento aos cofres públicos deverá aumentar por causa do acréscimo de juros de mora e correção monetária desde a data dos ilícitos. Para desestimular a prática de cartel e propina, os procuradores estabeleceram pagamento solidário de danos morais coletivos em dez vezes o valor do dano material causado. A multa civil foi calculada em três vezes o valor do acréscimo patrimonial das empresas.