O presidente Michel Temer (MDB) vai sair da Presidência da República sem reajustar o salário-mínimo dos atuais R$ 954 para R$ 1.006. Com isso, o piso das remunerações ficará no valor atual até o presidente Jair Bolsonaro publicar um decreto autorizando o aumento. Segundo o Uol, tradicionalmente, a publicação do decreto é feita nos últimos dias do mês de dezembro, mas a assessoria de Temer informou que isso não ocorrerá. A previsão de reajuste para R$ 1.006 está na estimativa divulgada no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do próximo ano. Usado como referência para benefícios assistenciais e previdenciários, como o abono salarial e as aposentadorias e pensões do INSS, o mínimo é reajustado com base na inflação do ano anterior, levando em contra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano corrente, mais o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, ou seja, de 2017. Em 2019, a fórmula atual de aumento do salário mínimo será aplicada pela última vez. O presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem até 15 de abril para decidir se mantém ou muda a regra.
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,6% no trimestre encerrado em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28). A queda foi influenciada mais uma vez pelo crescimento do trabalho informal e dos brasileiros que atuam por conta própria. Na pesquisa de outubro, a desocupação no país era de 11,7%. Há um ano, a desocupação era de 12%. Foi a oitava queda mensal seguida do desemprego no país. Em termos de contingente, o desemprego ainda atinge 12,2 milhões de brasileiros, uma redução de 3,9% (queda de 501 mil pessoas) na comparação com o trimestre anterior e de 2,9% (menos 364 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2017. A ligeira melhora do mercado de trabalho pode ser explicada pelo aumento dos trabalhadores que atuam no setor privado sem carteira de trabalho. Em novembro, esse contingente subiu 4,5% (crescimento de 498 mil pessoas) na comparação com o trimestre anterior e chegou a 11,689 milhões - o maior patamar da série histórica iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo período de 2017, o avanço foi de 4,7% (mais de 522 mil trabalhadores). Houve contribuição também do crescimento dos trabalhadores que atuam por conta própria. Esse contingente chegou a 23,8 milhões, também recorde na série histórica. Houve aumento de 2,3% (mais 528 mil pessoas) na comparação com o trimestre anterior e de 3,3% (aumento de 771 trabalhadores) em relação ao mesmo trimestre de 2017.
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 5,7 pontos na passagem de novembro para dezembro, atingindo 105,1 pontos, no maior patamar desde abril de 2013, quando estava em 105,6 pontos, informou nesta quarta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A marca de 100 pontos indica nível elevado de confiança. “A confiança do comércio encerra 2019 com alta expressiva no quarto trimestre. É a primeira vez desde março de 2014 que o índice ultrapassa os 100 pontos, limite que identifica a transição para níveis elevados de confiança. Depois de passarem por períodos turbulentos ao longo do ano, como a greve dos caminhoneiros e o período eleitoral, os comerciantes esperam aumento de vendas neste fim de ano e têm boas expectativas para o começo de 2019. A sustentação dessa recuperação dependerá da continuidade da melhoria do mercado de trabalho e da redução da incerteza”, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV-Ibre. A alta da confiança em outubro atingiu onze dos treze segmentos e foi influenciada pela melhora tanto da percepção dos empresários com relação à situação atual quanto das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 4,1 pontos, para 97,4 pontos, na terceira alta seguida, registrando o maior valor desde abril de 2014 (99,8 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) registrou o terceiro resultado positivo consecutivo, ao subir 7,0 pontos e atingir 112,5 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2011 (115,9 pontos). Com os resultados de dezembro, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) médio do trimestre voltou a fechar em alta em relação ao trimestre anterior depois de dois trimestres de queda. A alta no trimestre decorre da melhora tanto do Índice de Situação Atual quanto do Índice de Expectativas, algo que não acontecia desde o quarto trimestre de 2017. “Esse resultado reforça o cenário de recuperação das vendas em 2019”, informa a FGV.
O varejo teve o melhor Natal desde 2014. As consultas para vendas a prazo entre 04 e 24 de dezembro cresceram 2,66%na comparação com o mesmo período de 2017. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Este é o segundo ano consecutivo de alta. Nos últimos anos, as vendas a prazo no Natal tiveram o seguinte desempenho: +2,13% (2017), -2,29% (2016), -4,16% (2015), -8,3% (2014), +3,62 (2013) e +3,90% (2012).
Balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social mostra que, desde o início do Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade, em agosto de 2016, até o dia 15 de dezembro, 1.182.330 benefícios, entre auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, já foram revisados, e destes, 577.375 foram cancelados (cerca de 49%). O governo federal está fazendo um pente-fino no auxílio-doença e nas aposentadorias por invalidez. Está sendo chamado para a revisão o segurado com idade inferior a 60 anos e que recebe esses benefícios por incapacidade há mais de dois anos sem passar por avaliação médica. No caso do auxílio-doença, quase 80% dos benefícios revisados foram cancelados, e da aposentadoria por invalidez, cerca de 30% foram cessados. Outros 73.722 benefícios (45.726 de auxílios-doença e 27.996 de aposentadorias por invalidez) foram cancelados por não comparecimento e 74.798 (36.953 auxílios-doença e 37.845 aposentadorias por invalidez) foram cessados por outros motivos, óbitos e decisões judiciais. O total previsto para revisão dentro do programa é de 1,370 milhão de benefícios - 563.771 auxílios-doença e 806.595 de aposentadorias por invalidez. Ainda restam 9.515 auxílios-doença e 30.001 aposentadorias por invalidez para serem revisados. Segundo o ministério, cerca de 70% benefícios de auxílio-doença tinham sido concedidos há mais de quatro anos, ou seja, não passaram por revisão nos últimos anos. O processo de revisão gerou economia de R$ 13,8 bilhões só nesse benefício. No caso das aposentadorias por invalidez, a maioria que está sendo cancelada tem mais de 5 anos de concessão. Se for mantido esse percentual, a economia pode chegar a R$ 5 bilhões anuais a partir de 2021, prevê o ministério.
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (23) pelo jornal “Folha de S.Paulo” indica que o brasileiro está otimista com a economia às vésperas da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados acham que a situação da economia vai melhorar nos próximos meses. Em agosto, eram 23%. O índice é o mais alto da série histórica iniciada em 1997, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso. Para 9%, a economia brasileira vai piorar (eram 31% em agosto), e 24% acham que a situação vai ficar como está (em agosto, eram 41%). O Datafolha ouviu 2.077 pessoas em 130 municípios nos dias 18 e 19 de dezembro.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou através do Twitter que o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) ficará, em média, 3,65% mais barato para os contribuintes baianos em 2019. Os valores constam em tabela a ser divulgada pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), nesta terça (18), juntamente com o calendário de pagamento do imposto. Com uma queda de 4,86%, os caminhões terão o maior alívio no valor do imposto. Já para os automóveis, a redução será de 3,2%, e para as motos, de 3,23%. Ônibus e micro-ônibus terão IPVA 3,66% menor. Para os veículos utilitários, o imposto cairá 3,28%. Os novos valores baseiam-se em pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a partir dos preços praticados no Estado em outubro de 2018.
O seguro obrigatório, o DPVAT, terá redução média de 63,3% em 2019, anunciou o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que é vinculado ao Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira (13). De acordo com a entidade, a redução dos prêmios tarifários foi possível devido ao valor de recursos acumulado em reservas superior às necessidades de atuação do Seguro DPVAT. O excesso de recursos vindos do pagamento do Seguro DPVAT é consequência das ações de combate a fraude, que levaram à uma redução significativa dos acidentes que geraram indenizações, somadas à “rentabilidade dos recursos acumulados”, afirma o CNSP. O Ministério da Fazenda informa que o total de R$ 2 bilhões de indenizações são pagas pelo Seguro DPVAT por ano no Brasil.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define hoje a taxa básica de juros da economia. A expectativa da maioria dos analistas é que o comitê mantenha a Selic em 6,5% ao ano. Se a previsão se confirmar, será a sexta reunião consecutiva do Copom que mantém a Selic no mesmo patamar – a taxa está em 6,5% desde março, a menor da história. Uma dúvida, que pode influenciar na definição da Selic de 2019 vem do front externo. No boletim Focus desta semana, os analistas mantiveram a previsão de que a Selic termine o ano em 6,5% e chegue a 8% em 2019.
O número de consumidores inadimplentes do Brasil subiu 6,03%, chegando a 63,1 milhões em novembro com restrições no CPF, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o levantamento, divulgado nesta segunda-feira, 10, esse é o maior aumento da inadimplência para o mês de novembro em sete anos. Em novembro de 2011, a alta havia sido de 8,10%. Apesar do aumento, o número está abaixo do recorde de 63,6 milhões de consumidores com o nome sujo registrado em junho deste ano. Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, apesar de a recessão ter chegado ao seu fim, a inadimplência se deve ao ritmo lento da recuperação econômica, já que ainda não houve reflexos significativos no nível de renda e queda do desemprego. “Os dois pilares fundamentais, que são emprego e renda, ainda enfrentam percalços. Por isso que o fim da recessão não foi o suficiente para melhorar as finanças do brasileiro. O ambiente econômico vem esboçando uma retomada gradual e bastante lenta e frustrou as expectativas de que o ano de 2018 seria o da consolidação dessa recuperação”, explicou.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira 5 a regulamentação de direitos e deveres no rompimento de contratos de compra de imóveis, o chamado distrato, antiga demanda da indústria de construção. O projeto determina que metade do valor pago pelo comprador seja retido pela incorporadora se o acordo for desfeito e o imóvel estiver no regime conhecido como patrimônio de afetação, no qual é criada uma empresa para tocar o empreendimento, com patrimônio separado da construtora. Nos demais casos, a penalidade será de 25%. No caso de loteamentos, a retenção pode chegar a até 10% do valor pago e a devolução deve ocorrer em 12 parcelas. O texto sofreu modificações no Senado, por isso passou por nova votação na Câmara. Com o aval dos deputados nesta quarta, a matéria segue para sanção presidencial com prazo de 15 dias.
A produção de veículos pela indústria brasileira teve queda de 6,9% na em novembro na comparação com outubro. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados nesta quinta-feira, 6, também houve queda de 1,6% em relação a igual mês do ano anterior. O total de carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus feitos no mês foi de 245,1 mil, ante 249,1 mil em novembro de 2017. O acumulando dos onze meses de 2018, há crescimento de 8,8%, com 2,7 milhões de veículos produzidos. As vendas de veículos leves novos registraram também registraram queda na comparação entre novembro e outubro: baixa de 9,1%. Por outro lado, quando a comparação é contra o mesmo mês do ano anterior, há alta de 12,3. Foram vendidos 175,3 mil veículos de passageiros, em novembro deste ano, e 20,9 mil comercias leves. As vendas de caminhões também não tiveram um bom mês. 7,4 mil caminhões foram vendidos no mês, uma queda de 2,7% em relação a outubro. Contudo, há uma forte alta de 41,5% em relação a novembro do ano passado. Os ônibus tiveram movimento semelhante. As 1.457 unidades comercializadas em novembro representam uma queda de 13,1% ante outubro, mas uma alta de 34,2% em relação a novembro de 2017.
A dramática situação financeira dos estados não impediu que deputados armassem verdadeiras “bombas fiscais” para os governadores eleitos que vão assumir seus mandatos a partir de 1° de janeiro. Em ao menos cinco unidades da federação, tramitam nos Legislativos locais ou já foram aprovados após o resultado das urnas projetos que, se somados, impactam em 1,1 bilhão de reais por ano os cofres públicos. Em Minas Gerais, a Assembleia Legislativa aprovou há 13 dias um aumento de salário para os servidores públicos que terá impacto anual de 122,5 milhões de reais. O reajuste já foi sancionado pelo governador em exercício, desembargador Nelson Missias de Morais. Fernando Pimentel (PT), governador do Estado, está em viagem em caráter pessoal ao exterior. O vice, Antônio Andrade (MDB), e o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (MDB), substitutos diretos de Pimentel, também estão em viagem. No mês passado, já havia sido aprovada a transferência para o governo de uma dívida de 100,7 milhões de reais de fundações associadas à Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). O deputado estadual André Quintão (PT), líder do governo, afirmou que a aprovação dos reajustes representou uma questão legal, de data-base, e só não ocorreu antes por causa do período eleitoral. No Rio Grande do Sul, o governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), tenta convencer chefes dos outros poderes a desistirem da proposta de reajuste salarial de 5,58% dos servidores, em análise na Assembleia. O impacto seria de 132 milhões de reais ao ano. O argumento usado por Leite é a dificuldade do estado em contrair mais um gasto.
As contas de luz terão em dezembro bandeira tarifária verde, com redução de custos para os consumidores frente a bandeira amarela de novembro, em meio ao início das chuvas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração no Brasil. O anunciou foi feito na tarde desta sexta-feira 30, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com o órgão regulador, “apesar de os reservatórios ainda apresentarem níveis reduzidos, a expectativa é de que a estação chuvosa continue promovendo elevação do nível de produção de energia pelas usinas hidrelétricas. O sistema de bandeiras – verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2 – é usado para indicar o patamar tarifário da conta de luz. Exceto pela verde, na qual não há cobrança extra, a tarifa fica mais cara na vigência das demais. A medida é uma forma de compensar o acionamento das usinas termoelétricas, cuja operação é mais cara, em momentos em que os reservatórios estão em níveis baixos. A bandeira tarifária amarela acrescenta um real na conta de luz para cada 100 kilowatts-hora consumidos. A cobrança retornou ao patamar amarelo em novembro depois de cinco meses com bandeira vermelha. Agora, vai para a verde.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,8% no 3º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores, divulgou nesta sexta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao 3º trimestre de 2017, a alta foi de 1,3%. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,716 trilhão no trimestre. Trata-se do melhor resultado trimestral no ano até o momento. Embora a economia tenha mostrado uma aceleração entre os meses de julho e setembro, a melhora se deve principalmente à fraca base de comparação com o trimestre anterior – cujo resultado foi fortemente afetado pela greve dos caminhoneiros no final de maio. O resultado do PIB veio dentro do esperado. A expectativa da maioria dos analistas era de uma alta entre 0,7% e 0,8% na comparação com o 2º trimestre, segundo levantamento do G1. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2017, o PIB teve uma alta de 1,1% segundo dados revisados, após dois anos consecutivos de retração. No 1º e no 2º trimestres, a alta foi de 0,2%.
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,7% no trimestre encerrado em outubro, mas ainda atinge 12,4 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a sétima queda mensal seguida do desemprego no país e da taxa mais baixa desde o trimestre terminado em julho de 2016, quando foi de 11,6%. A queda foi puxada mais uma vez pelo aumento do número de trabalhadores sem carteira e por conta própria, que bateram recorde. Em termos de contingente, o número de desempregos é o menor desde dezembro do ano passado, quando o país reunia 12,3 milhões de desocupados. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de pessoas que procuram trabalho e não encontram caiu 3,1% (menos 389 mil pessoas). A população ocupada e com rendimentos no país aumentou 1,4%, reunindo 92,9 milhões de brasileiros. Em 1 ano, cresceu 1,5%, o que representa 1,4 milhão de pessoas a mais.
Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que o número de empresas inadimplentes cresceu 7,3% no mês de outubro em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o estudo, trata-se da menor expansão desde fevereiro de 2018, quando o avanço havia sido de 6,7%. Em setembro, o aumento de empresas com o nome sujo foi 9,4%.
Em uma análise regional, a alta foi puxada pelo Sudeste, que registrou aumento de 15,2% no número de empresas inadimplentes na comparação anual. Nas demais regiões, as altas registradas foram: 2,54% no Sul, 1,8% no Centro-Oeste e 1% no Nordeste. A única região a apresentar queda na inadimplência de empresas foi o Norte (-0,3%). A pesquisa revela ainda que o número de empresas que conseguiram quitar suas dívidas no acumulado de um ano apresentou alta de 7,95%; maior que os 3% observado em setembro deste ano. No levantamento do número de empresas devedoras por ramo da economia, foi constatado que o setor de serviços obteve a maior alta no mês de outubro, de 11,1%. Na sequência destacam-se o segmento de comércio (5%), seguido pela indústria (3,6%). A agricultura apresentou queda no índice (-1,5%). Já a análise por setor credor – ou seja, para quem as empresas estão devendo – revela que o número de pendências ao setor de serviços foi o que mais cresceu na comparação anual, com alta de 6,3%. Na sequência estão a indústria (3,8%) e o comércio (1,3%). As dívidas com o setor de agricultura caíram 1% na variação anual. O Indicador de Inadimplência das Empresas agrupa todas as informações disponíveis nas bases de dados da CNDL e do SPC Brasil. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pediu nesta terça-feira (27) que as principais distribuidoras de combustíveis esclareçam por que a redução do preço da gasolina nas refinarias não tem chegado para o consumidor final. As empresas terão um prazo de 15 dias para atender ao pedido. O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias acumula queda de quase 20% em novembro, enquanto nos postos a redução medida pela ANP foi de cerca de 3%. “O pedido atende à atribuição legal da Agência de zelar pela proteção do consumidor quanto a preços, qualidade e oferta de produtos”, disse a ANP em nota. “A Agência tem adotado várias medidas para dar maior transparência à formação de preços e solicitado informações dos agentes periodicamente. Dessa forma, foi observada a redução significativa de preços da gasolina A pela Petrobras, sem que essa decisão tenha chegado ao consumidor final”.
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) um corte de R$ 2,3 bilhões no Orçamento para conseguir cumprir a meta fiscal de 2018. A informação consta do relatório bimestral de avaliação de receita e despesas da União, divulgado pelo Ministério do Planejamento. A meta estabelecida pelo governo para este ano permite um déficit primário (despesas menos receitas, sem considerar a despesa com o pagamento de juros) de até R$ 159 bilhões. No entanto, os cálculos atuais apontavam para um “rombo” de R$ 161,359 bilhões. Por isso, há a necessidade de contingenciar recursos do orçamento.
A economia brasileira acelerou e registrou crescimento de 1% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (22). “Esta é a sétima taxa positiva consecutiva desde o fim da recessão. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, na série sem ajuste sazonal, a taxa foi de 1,7%. Nesta comparação, todos os componentes do PIB, tanto pela ótica da oferta quanto pela ótica da demanda, apresentaram resultados positivos, à exceção da construção”, destaca a FGV. Somente em setembro, o PIB teve alta de 0,4%, na comparação com agosto. O resultado oficial do PIB do 3º trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 30 de novembro. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2017, o PIB teve uma alta de 1%, após dois anos consecutivos de retração. No 1º trimestre, o crescimento foi de 0,1%, e no 2º trimestre, de 0,2%.
A Petrobras informou a redução de 3,34% no preço da gasolina vendida nas refinarias. A partir desta quinta-feira (22), o litro do combustível custará R$ 1,5556, contra R$ 1,6094 cobrados até esta quarta-feira (21). Quanto ao diesel, a Petrobras informou em outubro que o preço médio do diesel praticado em suas refinarias e terminais cairia 10,1% em relação ao preço médio de comercialização vigente na época. Com isso, o preço do diesel passou de R$ 2,3606 para R$ 2,1228 por litro. O período de vigência deste novo valor vai até 28 de novembro.
Na noite desta terça-feira, 20, o Senado Federal aprovou uma medida polêmica. Distratos de imóveis em patrimônio de afetação podem acarretar uma multa de até 50% aos consumidores. Foi isso o que ficou definido no texto-base do projeto de lei que define regras para a desistência da compra de imóveis na planta. A mudança não afeta todos os empreendimentos, mas a maior parte deles. Patrimônio de afetação é a separação patrimonial de bens do incorporador com o objetivo de garantir a entrega das unidades, mesmo em caso de falência ou insolvência do incorporador. Para os empreendimentos que não são realizados sob este regime a multa não será alterada. Nesta quarta-feira 21, o Senado vota pedidos de modificações no texto, as chamadas emendas parlamentares. O porcentual máximo da multa deve, assim, voltar à discussão entre os senadores. Caso o texto seja modificado, o projeto deve voltar à Câmara dos Deputados para nova votação. Atualmente, consumidores que optam por romper o contrato de compra de imóvel na planta pagam multas que variam de 10% a 25% do preço do imóvel. O projeto de lei dobra a multa. Este foi um dos pontos que fizeram com que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado reprovasse o projeto em julho deste ano. No entanto, como o parecer da CAE não possui caráter terminativo, o texto, que vinha com a elevada multa desde a Câmara, caminhou mesmo assim. Outra mudança prevista no texto é que as incorporadoras que entregarem os imóveis em até 180 dias após o prazo não sofrerão penalidades. No entanto, caso este limite seja superado, o consumidor terá direito de receber todo o valor pago até o momento, além de multa, em até 60 dias.
De acordo com as projeções dos economistas consultados pelo Banco Central (BC) e compiladas no Boletim Focus, a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 4,13%. O boletim, que é semanal, compara semana a semana as previsões dos economistas. Em relação à divulgação anterior, houve redução de 0,1 ponto percentual na estimativa. Esta foi a quarta redução seguida do indicador. Assim, a mediana das projeções indicam que a inflação para este ano deve ficar abaixo do centro da meta de inflação, de 4,5% para este ano. A previsão para 2019 baixou 0,01 ponto porcentual, para 4,20%. Para o próximo ano, o centro da meta é de 4,25%. Já para 2020, a projeção ficou estável em 4%, exatamente no centro da meta válida para o ano. As projeções para o dólar ficaram estáveis em relação ao boletim da semana passada. Os economistas preveem que a moeda americana deva encerrar o ano em 3,70 reais. Para 2019, a expectativa é que o dólar fique em 3,76 reais, mesma projeção da semana anterior.
O número de pessoas que procura emprego há mais de dois anos bateu recorde no terceiro trimestre do ano. Eram 3,2 milhões nessa situação. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que 25% do total de 12,5 milhões de desempregados buscam uma colocação há mais de 24 meses. Um ano atrás, eram 2,8 milhões de desempregados por mais de dois anos. Já o número de pessoas que procura emprego há mais de um ano e menos de dois anos caiu de 2,3 milhões para 1,8 milhão. Também houve recuo entre o contingente que busca ocupação há mais de um mês e menos de um ano: de 6,3 milhões para 5,7 milhões.
Os empresários estão otimistas em relação à economia e seus negócios em 2019 e, neste cenário, a grande maioria diz que pretende investir no ano que vem. É o que aponta pesquisa feita pela Deloitte divulgada ao G1 nesta segunda-feira (12). No entanto, enquanto os que pretendem investir são 97% dos empresários, a parcela dos que devem criar novos postos de trabalho é menor, de 47%. O levantamento foi feito com 826 empresas que, juntas, tiveram faturamento de R$ 2,8 trilhões em 2017 – o equivalente a 43% do PIB do ano. Entre 97% dos empresários que dizem que vão realizar algum investimento em 2019, a maioria diz que pretendem lançar novos produtos ou serviços e adotar novas tecnologias. Já sobre o quadro de funcionários, a expectativa de aumentar as contratações atinge 47% dos empresários. Outros 32% dizem que vão manter a quantidade de empregados em 2019, mas fazendo substituições. Os que devem manter o quadro de funcionários inalterados são 14%, enquanto 7% pretendem cortar postos.