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Economia
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Endividamento sobe e registra maior nível desde 2013 Foto: Roberto Setton/Veja

O porcentual de famílias endividadas subiu pelo sexto mês consecutivo em junho, atingindo o maior nível desde julho de 2013, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em contrapartida, segundo a pesquisa, diminuiu o porcentual de famílias com contas ou dívidas em atraso. De acordo com a Veja, o endividamento cresceu 0,6 ponto porcentual em junho em relação a maio, e na comparação anual – com junho de 2018 -, o aumento foi de 5,4 pontos porcentuais. Apesar do aumento do endividamento das famílias, que chegou a 64,0%, a Peic identificou uma queda no número de famílias com dívidas ou contas em atraso, tanto na comparação mensal quanto na anual. O cenário reflete as condições ainda favoráveis de juros e prazos, demonstrando uma melhora no perfil das dívidas. O índice das famílias que declararam que não teriam condições de pagar suas dívidas e permaneceriam inadimplentes ficou estável na comparação mensal, em 9,5%. Na comparação anual, as famílias se mostraram menos otimistas em relação à capacidade de pagamento, com crescimento de 0,1 ponto porcentual em relação a junho de 2018 (9,4%). A proporção das famílias que se declararam muito endividadas aumentou entre os meses de maio e junho, de 12,9% para 13,0% das famílias. Já na comparação anual, houve estabilidade. Também aumentou a parcela das famílias mais ou menos endividadas de 22,4% para 23,1%, mas o destaque é para o aumento entre os que se declararam pouco endividados, de 23,2% para 27,6% das famílias. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 7,0 meses, sendo que 24,7% delas estão comprometidas com dívidas até três meses; e 32,1%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas ficou estável, na comparação anual, em 29,5% em junho de 2019, e 21,1% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) firmou nesta segunda-feira, 8, um acordo com a Petrobras para a venda de ativos no mercado de gás natural por parte da petroleira. A medida faz parte do novo programa para o setor anunciado pelo governo no final de junho, que pretende criar condições para a redução do preço do gás no país. No termo de compromisso assinado pelo Cade e pela Petrobras, a autarquia se compromete a interromper as investigações em curso sobre supostas condutas anticompetitivas da petroleira no mercado de gás natural no Brasil, entre elas a discriminação de concorrentes por meio da fixação diferenciada de preços. Em troca, a estatal se compromete a vender ativos relacionados ao mercado de gás natural, em transportadoras e distribuidoras. A ideia é que o mercado de gás passe a ser mais competitivo e, ao mesmo tempo, evite-se novas ocorrências como as investigadas pelo Cade. Em resolução publicada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em junho, estabeleceu-se a criação do programa Novo Mercado de Gás. O documento já continha recomendações para que a Petrobras se desfizesse de seus ativos nos setores de transporte e de distribuição. Na visão do governo, sem o monopólio da empresa, o preço do gás tende a ser mais competitivo. A mudança também já estava sendo estudada pela Petrobras, que vinha anunciando nos últimos meses um plano de desinvestimentos, envolvendo sua participação nesses ativos. A ideia da empresa é focar os investimentos no Pré-Sal. De acordo com o Cade, no documento assinado pela Petrobras a autarquia, a petroleira se compromete a vender as transportadoras Nova Transportadora do Sudeste (NTS, com participação da Petrobras de 10%), Transportadora Associada de Gás (TAG, com participação da Petrobras de 10%) —  a qual a empresa vendeu 90% seus ativos no mês passado — e Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG, com participação da Petrobras de 51%). A estatal também deverá alienar sua participação acionária indireta em companhias distribuidoras. Esses desinvestimentos devem ser concluídos até 31 de dezembro de 2021. “O prazo poderá ser estendido por um ano, a critério do Cade, desde que o pedido de prorrogação seja devidamente justificado pela Petrobras”, comunicou o Cade. Para garantir a efetividade da medida, os compradores desses ativos não podem possuir, direta ou indiretamente, participação societária na Petrobras ou em suas afiliadas; e devem apresentar recursos financeiros e incentivos suficientes para manter e desenvolver a participação adquirida como um concorrente forte no mercado. O termo de compromisso também regula medidas a serem tomadas pela Petrobras para viabilizar o acordo. A petroleira, por exemplo, também se comprometeu, entre outros fatores, a adequar seus contratos vigentes ao termo de compromisso e a não contratação de novos volumes de gás natural, a partir da assinatura do acordo.

Petrobras reduz novamente preços do diesel e gasolina Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) a redução, a partir de terça (9), nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. O preço médio da gasolina vai cair 4,4%, enquanto o valor médio do diesel vai recuar 3,8%. A informação consta em site da empresa no qual a petroleira detalha preços praticados nos 37 pontos de suprimento do mercado brasileiro, para a gasolina, o diesel S10 e o diesel S500. De acordo com o G1, com a queda dos preços, o valor médio do litro da gasolina nas refinarias passará para R$ 1,6817. O preço médio do diesel passará a R$ 2,0649 por litro. O mais recente ajuste do preço do diesel ocorreu em 1º de julho, quando foi elevado em 3,92%, enquanto o da gasolina aconteceu em 11 de junho. Desde a adoção de novo formato na política de ajuste de preços em 2017, a gasolina acumula alta de 28,54% de preço, nas refinarias. O diesel acumula aumento de 52,20%.

Por 36 votos a 13, comissão aprova parecer da reforma da Previdência Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A comissão especial da reforma da Previdência da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira, 4, o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) da Proposta de Emenda à Constituição sobre as novas regras da aposentadoria oficial do país. Dos 49 membros da comissão, 36 votaram a favor das mudanças e 13, contra. Agora, o colegiado votará os destaques para que o texto possa seguir para o plenário da Câmara. O texto prevê que seja fixada uma idade mínima para que os trabalhadores brasileiros possam pedir a aposentadoria: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. O tempo mínimo de contribuição subirá para 20 anos no caso dos homens, mas será mantido em 15 anos para as mulheres. A alteração para as mulheres foi feita pelo relator na comissão. No caso dos servidores públicos, esse tempo é de 25 anos. As regras para o funcionalismo valem só para servidores da União, porque estados e municípios ficaram de fora da reforma. Para professores, a idade mínima é de 60 anos para homens e 57 anos para mulheres com 25 anos de contribuição. No caso dos policiais civis, federais e rodoviários, a idade é de 55 anos, com 30 anos de contribuição para homens e 25 anos para mulheres. De acordo com a Veja, ficou de fora do relatório as alterações propostas pelo governo para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e deficientes de baixa renda, e para a aposentadoria rural. Essas questões não serão alteradas e as regras continuam como estão hoje. A capitalização (regime pelo qual as contribuições vão para uma conta, que banca os benefícios no futuro) também foi excluída e não deve retornar ao texto nas próximas votações.

A produção industrial no país caiu 0,2% em maio, na comparação com abril, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com relação ao mesmo período de 2018, o resultado é 7,1% superior, devido à greve dos caminhoneiros em 2018. Em 2019, setor acumula queda de 0,7%. Dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE, dezoito apresentaram queda em maio, na comparação com o mês anterior. Destaque negativo para o recuo na fabricação de veículos (-2,4%), no setor de bebidas (-3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (-7,1%), outros produtos químicos (-2,0%), produtos de metal (-2,3%), produtos de minerais não metálicos (-2,1%) e produtos diversos (-5,8%). Todos esses tinham tido crescimento no mês anterior. Entre os resultados positivos da passagem de abril para maio, a indústria extrativa avançou 9,2%, recuperando parte dos 25,6% de perdas acumuladas nos primeiros quatro meses do ano. De acordo com o IBGE, o resultado se deveu à retomada da produção de minério de ferro no Pará, que tinha sofrido atrasos em abril por causa de condições climáticas adversas. De acordo com a Veja, o desempenho da indústria na comparação com maio do ano passado é, em geral, muito positivo, com atuações superiores em 21 dos 26 ramos pesquisados. Apesar da evolução, a análise desse desempenho é mais complexa. Isso porque, a paralisação dos caminhoneiros, em maio de 2018, causou um efeito negativo que atingiu grande parte da indústria, gerando uma base de comparação baixa. A fabricação de veículos, por exemplo, que caiu 2,4% na comparação com abril de 2019, subiu 37,1% em relação a maio do ano passado. Além disso, o mês, neste ano, teve um dia útil a mais em comparação a 2018. A greve dos caminhoneiros também afeta a comparação no acumulado, em 2019. Em abril, o acumulado de 2019 era de queda de 2,7%. Já em maio, o saldo passou para 0,7% negativo, mas a análise fica comprometida por causa da baixa base de comparação.

Mercado reduz previsão pela 18ª vez e espera PIB de 0,85% em 2019 Foto: Reinaldo Canato/Veja

Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central revisaram mais uma vez a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 1º, a economia brasileira deve ter ‘pibinho’ e avançar 0,85% neste ano. Na semana anterior, a previsão era de 0,87%. De acordo com a Veja, com essa nova revisão, já são 18 semanas consecutivas em que o mercado financeiro prevê avanços mais tímidos para a economia neste ano. As revisões começaram em fevereiro. Em janeiro deste ano, economistas chegaram a projetar o PIB em 2,57% no Boletim Focus. Ao todo, a previsão já recuou 1,72 ponto percentual este ano. A previsão do mercado financeiro é ligeiramente maior do que a do Banco Central, anunciada na semana passada. A instituição acredita que o Brasil deve ter ‘pibinho’ de 0,8% neste ano. A previsão anterior, em março, era de 2%. Com isso, a estimativa de crescimento da economia brasileira para este ano é menor que o PIB medido em 2017 e 2018, quando o avanço foi de 1,10%. 

Conta de luz fica mais cara em julho com taxa extra Foto: iStockphoto/Getty Images

Os brasileiros pagarão mais caro na conta de energia no mês de julho, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira (28). A bandeira tarifária de julho será amarela, o que significa uma cobrança extra de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Ao longo do mês de junho, esteve em vigor a bandeira verde. Neste patamar, não há cobrança extra nas contas de luz. O sistema de bandeiras tarifárias varia de acordo com o custo de geração de energia. O objetivo é informar aos consumidores quando esse custo aumenta e permitir que eles reduzam o uso para evitar pagar uma conta de luz mais cara. Segundo informado pela Aneel, a mudança para a bandeira amarela se deu em virtude das previsões de chuvas abaixo da média na região onde estão as principais hidrelétricas do país durante mês de julho.

Mais de 411 mil postos de trabalho e 80 mil empresas fechadas em quatro anos. Este é o saldo do comércio brasileiro em meio à retração econômica, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) trouxe os dados consolidados do comércio em 2017. Naquele ano, havia no país pouco mais de 1,5 milhão de empresas do ramo comerciário, que empregavam 10,2 milhões de trabalhadores. Em 2014, eram cerca de 1,6 milhão de empresas e mais de 10,6 milhões de ocupados no setor – uma queda, respectivamente, de 5% e 3,9% no período. Com o fechamento de empresas, também diminuiu o número de lojas, expresso na pesquisa como “unidades locais com receita de revenda”. Nos quatro anos de crise, 61,7 mil lojas fecharam as portas no país, o que corresponde a uma queda de 3,9% no período. De acordo com o G1, a receita operacional líquida do comércio também encolheu com a crise. Ela atingiu a cifra de R$ 3,4 trilhões em 2017, valor este, segundo o IBGE, 5,2% menor que o alcançado em 2014. De acordo com o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Jordano Rocha, somente o setor varejista registrou perda acumulada da receita no período, de 3%. O atacado, por sua vez, acumulou alta de 19,7%, e o de veículos, 8,9%.

Brasil abriu 32,1 mil vagas com carteira assinada em maio Foto:Jorge Rosemberg/Veja

O Brasil registrou a abertura de 32.140 novas vagas de trabalho com carteira assinada em maio, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira, 27, pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, em Brasília. É o menor desempenho para o mês desde 2016, quando houve fechamento de vagas. Em maio do ano passado, foram gerados 33.659 novos postos de trabalho formais. De acordo com a Veja, o saldo positivo de maio foi resultado de 1.347.304 admissões e 1.315.164 desligamentos. No ano, foram criados 351.063 novos empregos (+0,91%), elevando para 38,761 milhões o estoque de empregos formais no país – o maior estoque desde maio de 2016, quando o Caged registrou 38,783 milhões de empregados com carteira assinada. Já no acumulado de 12 meses, o saldo positivo chega a 474.299 novos postos de trabalho, equivalente a um crescimento de 1,24%. O crescimento do emprego em maio foi impulsionado pelo setor da agropecuária, que registrou a abertura de 37.373 novos postos, um crescimento de 2,39% sobre o mês anterior. O segundo maior saldo de maio foi do setor de construção civil, com abertura de 8.459 novos postos de trabalho. Em seguida, aparecem os setores de serviços, com saldo de 2.533 novas vagas, administração pública (+1.004 postos) e extrativa mineral (+627). Houve recuo no mês em três setores: comércio (-11.305 postos), indústria da transformação (-6.136) e serviços industriais de utilidade pública (-415).

Os economistas das instituições financeiras baixaram a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 0,93 para 0,87%. Foi a 17ª queda consecutiva do indicador. A previsão consta no boletim de mercado também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. As revisões para baixo na expectativa de crescimento do mercado financeiro para o PIB deste ano começaram, com mais intensidade, após a divulgação do resultado do ano passado – quando a economia avançou 1,1% – e continuaram após a divulgação de uma contração no primeiro trimestre de 2019 (tombo de 0,2%). No fim de março, o Banco Central estimou expansão de 2% para a economia brasileira neste ano (número pode ser revisto no fim de junho) e, na mais recentemente, o Ministério da Economia baixou a previsão de crescimento de 2,2% para 1,6% em 2019. O mercado financeiro manteve a projeção de crescimento para 2020 estável em 2,20%. Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que continuou em 2,5% para os dois anos.

A Petrobras aposta que a venda das suas oito refinarias vai representar um impacto positivo no mercado nacional de combustíveis. “Criando um mercado mais dinâmico, a gente espera que os futuros compradores invistam na ampliação de capacidade das refinarias existentes”, avalia Anelise Lara, Diretora de Refino, Gás e Energia da Petrobras. Ela visitou a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) no último dia 12. A ideia é que os investidores irão olhar com mais atenção características regionais que, por vezes, a Petrobras deixa de lado. Um exemplo do cenário pode ser percebido no caso da Rlam, que tem acesso ao óleo parafínico produzido nos campos de petróleo da Bahia. “Em alguns momentos a Rlam pode não estar em sua capacidade máxima porque a Petrobras analisa o seu mercado como um todo e pode optar por diminuir a produção naquele momento para aumentar em outro local, mas a Rlam tem um outro dono, esse dono vai fazer de tudo para melhorar a produção dela”, explica. Em sua visita à Rlam, Anelise Lara diz que teve a oportunidade de conversar com grupos de trabalhadores e reconheceu que há um clima de apreensão quanto ao processo. Segundo ela, há preocupações quanto ao aproveitamento da força de trabalho por parte dos novos donos e também a “posicionamentos ideológicos”. “A Rlam é um grande ativo. É uma refinaria antiga, mas muito importante e que vai continuar a trazer riquezas para a Bahia”, acredita.  De acordo com o jornal Correio, as vendas de refinarias da Petrobras parecem um caminho irreversível. Três fatores diferentes favorecem o movimento neste sentido. O primeiro é a necessidade de fazer caixa da empresa, em curso desde 2016. Além disso, há uma demanda de órgãos de controle e da própria sociedade em relação à precificação dos combustíveis no país, e neste sentido a empresa ainda detém o monopólio  de fato, ainda que o país tenha feito uma abertura formal do mercado já há algumas décadas. Completa a equação o entendimento de que a autorização dada pelo Supremo para que estatais vendam suas subsidiárias sem a necessidade de autorização do Congresso vai facilitar os processos.

Governo vai lançar plano para baratear o preço do gás Foto: Steferson Faria/Veja

Para reanimar a economia e cumprir a promessa do choque da energia barata, o governo federal deve lançar nos próximos dias um programa para reduzir o preço do gás. Batizado de Novo Mercado de Gás, o plano tem como principal pilar o enfrentamento de monopólios que dominam há anos o setor – principalmente as distribuidoras, que atuam em Estados, e a Petrobras. A ideia é criar um ambiente de mercado, com mais concorrentes, e aproveitar o aumento da oferta do gás das áreas do pré-sal para tentar reindustrializar o País. De acordo com a Veja, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer alcançar uma queda de até 50% no preço do gás. Hoje, a indústria paga de 12 dólares por milhão de BTU, mais que o dobro do valor pago nos EUA, de 4 dólares, segundo dados da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace). Para a entidade, preços competitivos podem adicionar 1% de alta anual ao PIB e gerar 12 milhões de empregos em dez anos. Diferentemente do governo Temer, que tentou promover a abertura do mercado de gás por meio de uma lei no Congresso Nacional, a gestão Bolsonaro aposta em medidas infralegais, que não precisam ser aprovadas por parlamentares. Para isso, conta com o apoio do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado de ministros presidido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Dessa vez, o governo tem a Petrobras como aliada, já que a companhia quer concentrar seus investimentos em produção e exploração em águas profundas e reduzir suas participações em dutos, distribuidoras e refinarias. Embora não seja a única produtora de gás, a Petrobras é dona da maioria dos gasodutos de transporte do País. E apesar de ter vendido sua malha de gasodutos no Sudeste – NTS e TAG -, manteve o carregamento e o direito de ocupá-los, o que, na prática, a mantém como única usuária das estruturas. Sem acesso aos dutos, outras petroleiras têm que vender o insumo para a Petrobras. Quem quiser importar também precisa negociar com a estatal, pois ela é dona das unidades que processam o gás trazido por navios.

IPVA: Donos de veículos com placas de finais 7 e 8 têm 5% de desconto Foto: Reprodução/TV Bahia

Os contribuintes que possuem veículos com placas com finais 7 e 8 têm direito a 5% de desconto no Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), caso realizem o pagamento até os dias 26 (placas de final 7) e 27 (placas de final 8) de junho. O desconto é válido para o pagamento em cota única, informou a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz). De acordo com o G1, outra opção é pagar o imposto em três parcelas, mas sem o desconto. Para aderir ao parcelamento, o pagamento da primeira cota deve ser feito nas mesmas datas do vencimento do desconto de 5%, isto é, 26 e 27 de junho. Caso os proprietários prefiram quitar o tributo em cota única sem desconto, os prazos são até 29 de agosto, para carros de placas final 7, e 30 de agosto, para automóveis de final de placa 8. Para efetuar o pagamento, o contribuinte deve se dirigir a uma agência ou caixa eletrônico do Banco do Brasil, Bradesco ou Bancoob, com o número do Renavam em mãos.

Trabalho aos domingos exige escala de folgas, determina governo Foto: Reinaldo Canato/Veja

O governo federal ampliou o número de setores que podem trabalhar aos domingos e feriados de forma permanente. Conforme adiantou o blog Radar, subiu de 72 para 78 o número de categorias que podem ter trabalhos nesses dias. O texto foi publicado na edição desta quarta-feira, 19, do Diário Oficial da União. Caso a empresa decida trabalhar aos domingos, é necessário que haja escala de trabalho entre os funcionários. Isso acontece porque a CLT determina que é assegurado ao trabalhador uma folga de pelo menos 24 horas e, pela regra geral, ela deve coincidir com os domingos. De acordo com a Veja, as atividades incluídas foram: indústria de extração de óleos vegetais e indústria de biodiesel, excluídos os serviços de escritório; indústria do vinho, dos vinagres e bebidas derivadas da uva e do vinho, excluídos os serviços de escritório; comércio em geral; estabelecimentos destinados ao turismo em geral; serviço de manutenção aeroespacial e indústria aeroespacial. A CLT prevê também o trabalho de domingo em caráter excepcional. Para isso, é preciso que a empresa consiga autorização da secretaria do Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia, e que o dia seja compensado: sendo as horas pagas 100% ou com uma folga, além do descanso semanal já garantido pela lei.

Governo anuncia R$ 225,5 bilhões para o Plano Safra Foto: Veja

O Plano Safra 2019/20 terá 225,5 bilhões de reais em recursos para a agricultura empresarial e familiar, anunciou nesta terça-feira, 18, o Ministério da Agricultura. O valor é um pouco acima do volume do ano passado, de 225,3 bilhões de reais. A liberação dos recursos do plano agrícola começará em julho e seguirá até junho do ano que vem. De acordo com a Veja, do total, 222,74 bilhões de reais serão destinados ao crédito rural, sendo 169,3 bilhões de reais para custeio, comercialização e industrialização, e 53,4 bilhões de reais em crédito para investimentos. Diante de uma quase estabilidade nos recursos para o crédito, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comentou que não é fácil, no quadro de aperto orçamentário atual, “anunciar grandes cifras como as de hoje”. Ela ressaltou, no entanto, que a agricultura familiar e a empresarial estão sob o mesmo teto, destacando ainda que o Tesouro Nacional disponibilizou de forma inédita mais recursos para subvenção dos pequenos produtores (Pronaf) do que para os demais, um volume de quase 5 bilhões de reais. O total de recursos do plano 2019/20 prevê ainda 1,85 bilhão de reais para apoio à comercialização, que inclui compras de produtos agrícolas pelo governo. O ministério informou que o volume de recursos para subvenção do prêmio do seguro rural mais do que dobrou, para 1 bilhão de reais. Outra novidade do plano é o financiamento de moradias rurais, que terá 500 milhões de reais. O ministério informou ainda que os juros para financiamento de custeio, comercialização e industrialização ficarão entre 3% e 4,6% ao ano para pequenos produtores; para médios produtores, em 6% ao ano; e 8% para demais produtores. Os programas de investimento terão juros de 3% a 10,5% ao ano.

Operação Greenfield: Empreiteiro detona esquema do PT nos fundos de pensão estatais Foto: Ricardo Stucker

Os seguidores petistas do ex-presidente Lula animaram-se com o vazamento de conversas da Lava-Jato. As mensagens controversas de Sergio Moro e Deltan Dallagnol podem agitar a torcida, mas não mudam a complicada situação do PT e de seu líder em outras investigações. De acordo com a Veja, na semana passada, Gerson Almada, o ex-vice-presidente da Engevix, prestou depoimento aos investigadores da Operação Greenfield, que apura a roubalheira nos fundos de pensão estatais durante os governos do PT. Almada repassou em detalhes todos os procedimentos criminosos adotados pela cúpula petista para desviar recursos dos trabalhadores. O empreiteiro foi tão contundente quanto Antonio Palocci, o primeiro petista a detalhar o esquema. Em depoimento no ano passado, o ex-ministro disse que Lula e Dilma Rousseff “não se comoviam” com o fato de que o dinheiro desviado dos fundos era de trabalhadores.

Número de desempregados há mais de 2 anos sobe mais de 42% em 4 anos, diz Ipea Foto: Affonso Andrade/G1

A parcela de desempregados que está nessa situação há mais de dois anos avançou de 17,4% no 1º trimestre de 2015 para 24,8% no mesmo período de 2019, atingindo 3,3 milhões de pessoas. O crescimento é de 42,4% em quatro anos, segundo análise de Mercado de Trabalho divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE. De acordo com o G1, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,5% no trimestre encerrado em abril, atingindo 13,2 milhões de pessoas.

Jair Bolsonaro veta bagagem de até 23 kg gratuita Foto: Reprodução/TV Globo

O presidente Jair Bolsonaro vetou nesta segunda-feira (17) trecho da medida provisória aprovada no mês passado pelo Congresso Nacional que determinava a gratuidade para bagagem de até 23 quilos em aviões com capacidade acima de 31 lugares, nos voos domésticos. De acordo com o G1, com o veto deste trecho da MP, as aéreas poderão voltar a cobrar pelas bagagens despachadas, ficando os passageiros isentos apenas de bagagens de mão até 10 quilos. No entanto, o Congresso Nacional poderá derrubar o veto presidencial quando vier a analisá-lo. Ainda não há previsão de quando essa medida provisória será apreciada pelos congressistas em sessão conjunta da Câmara e do Senado.

Petrobras faz em Sergipe maior descoberta desde o pré-sal

A Petrobras fez a maior descoberta desde o pré-sal, em 2006. De seis campos no estado do Sergipe, espera extrair 20 milhões de m³ por dia de gás natural, o equivalente a um terço da produção total brasileira. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a reportagem, a descoberta deve gerar R$ 7 bilhões de receita anual à Petrobrás e sócias, calcula a consultoria Gas Energy. Na avaliação do governo, a conquista pode ajudar a concretizar o “choque de energia barata” prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, - plano para baratear em até 50% o custo do gás natural e "reindustrializar" o País. O governo espera que, em curto prazo, deva sair de Sergipe o gás mais barato do Brasil. Primeiro, pelo próprio aumento da produção, que ajuda na redução dos custos. Segundo, pela entrada em operação de rivais da petroleira, como a americana ExxonMobil, que tem projetos de exploração na região. Por fim, pela presença de empresas importadoras de gás, que também vão concorrer pela infraestrutura de escoamento. Dessa maneira, a tendência é de redução na tarifa de transporte e, com isso, também do preço final do produto.

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (12) uma redução de 4,6% no preço médio do diesel em suas refinarias, para R$ 2,0664 por litro, a partir de quinta-feira (13), e simultaneamente informou uma revisão em suas regras sobre periodicidade das mudanças de preços. “A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível”, afirmou a empresa em nota. A empresa ainda manteve os preços da gasolina para quinta-feira.

Empresários veem avanço na inovação da indústria brasileira Foto: Divulgação

A percepção dos empresários sobre o nível de inovação na indústria brasileira melhorou nos últimos quatro anos. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o porcentual dos que consideram baixo o grau de inovação no país caiu de 54% em 2015 para 39% neste ano. Já a fatia de empresários que considera alto o nível de inovação subiu de 3% para 6% no período. Apesar da melhora do desempenho, o patamar ainda é considerado aquém do esperado. De acordo com a diretora de inovação da CNI, Gianna Sagazio, os dados mostram que os empresários do setor passaram a dar mais importância para inovação. Os executivos, segundo ela, perceberam que inovar deixou de ser um diferencial e passou a ser necessário para competir no mercado nacional e, principalmente, no global. A pesquisa foi realizada com 100 líderes empresariais, de doze estados, mais o Distrito Federal, entre abril e maio deste ano. Apesar do crescimento, o patamar ainda é considerado baixo na comparação com outros países, segundo a diretora da CNI. Para que o desempenho seja ainda mais intenso, são necessário recursos para investir. E o problema, para esses empresários, é conseguir financiar projetos de inovação, principalmente em um cenário de retomada após a recessão em 2015 e 2016, segundo Sagazio. A pesquisa também estabelece um cenário para o futuro. De acordo com o levantamento, 31% dos CEOs, presidentes e vice-presidentes de 100 indústrias –40 de grande porte e 60 pequenas e médias– consideram que o grau de inovação da indústria será alto ou muito alto nos próximos cinco anos, principalmente por necessidade. Quatro anos antes, essa fatia era de apenas 14%. De acordo com o levantamento, 55% das empresas utilizam recursos próprios para financiar as atividades de inovação. O percentual é significativamente maior do que o aferido em 2015, quando 40% das empresas declararam usar apenas recursos próprios. Em contrapartida, diminuiu de 55% para 40% o número de empresas que combinam outras fontes de recursos, como fundos de investimento e públicos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,13% em maio, o que representa uma desaceleração ante a taxa de 0,57% de abril, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor resultado para um mês de maio desde 2006 (0,10%). Trata-se também do índice mensal mais baixo do ano até o momento, refletindo principalmente a descompressão dos preços do grupo de alimentação e bebidas que voltou a apresentar deflação. Nos 4 primeiros meses do ano, porém, a inflação acumulada é de 2,22%, a maior taxa para o período desde 2016, quando ficou em 4,05%. De acordo com o G1, em 12 meses, o índice acumulado recuou para 4,66%, abaixo dos 4,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar da desaceleração, a taxa ainda permanece acima da meta central de inflação do governo para 2019, que é de 4,25%. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado. Mediana das projeções de consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data era de uma taxa de 0,20% em maio. Para 12 meses, a expectativa era de alta de 4,73%.

Reforma trabalhista fez busca por temporários aumentar até 260% Foto: Reinaldo Canato/Veja

A reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017, alterou mais de 100 dispositivos da Consolidação de Leis do Trabalho (CLT). Entre esses dispositivos, flexibilizou as regras para que empresas possam contratar mão de obra temporária. Segundo levantamento realizado pela Page Interim, braço da PageGroup, especializado em recrutamento de mão de obra terceirizada e temporária, a procura por profissionais com regime de contratação mais flexível chegou a aumentar até 260% em funções estratégicas e internas de empresa, como no caso de consultor e coordenador comercial. O levantamento leva em conta o período de novembro de 2017 a maio deste ano. De acordo com a Veja, o trabalhador temporário é registrado em carteira assinada e têm direito a benefícios trabalhistas, como depósito de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), equivalente a 13º salário e férias. Esse contrato é firmado por um determinado período de tempo. Assim, quando acaba, o trabalhador tem direito às verbas trabalhistas, mas não recebe valores rescisórios, como aviso prévio e multa do FGTS. O tempo desse contrato pode ser de até seis meses, prorrogável por mais três. Antes, o tempo era de três meses prorrogável por mais três. Essa mudança foi feita em uma lei anterior à reforma trabalhista, em março de 2017.

Caixa reduz a taxa de juros de financiamento para imóveis Foto: Divulgação/Caixa

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira, 5, a redução nos juros nos financiamentos imobiliários, com entrada em vigor a partir da próxima segunda-feira, 10. A maior taxa praticada pelo banco caiu de 11% ao ano mais Taxa Referencial (TR, atualmente em zero) para 9,75% mais TR. Já a menor taxa – paga pelos clientes que já têm relacionamento com a instituição – foi reduzida de 8,75% mais TR para 8,5% mais TR. De acordo com a Veja, o banco também unificou as taxas praticadas nos empréstimos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), este último voltado para imóveis com valor acima de 1,5 milhão de reais e que não podem ser financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As taxas anunciadas nesta quarta valem nas diversas modalidades de financiamento imobiliário: imóvel novo, imóvel usado, aquisição de terreno e construção, construção em terreno próprio e reforma e ampliação. A Caixa também divulgou as condições para a renegociação de dívidas imobiliárias de pessoas físicas. Segundo o banco, as medidas atingem cerca de 600 mil famílias e devem beneficiar 2,3 milhões de pessoas. Em alguns contratos, pode haver perdão e multas.  Entre as opções está o pagamento à vista de uma entrada e a incorporação das parcelas atrasadas nas próximas prestações do empréstimo. Há ainda a possibilidade de usar o saldo do FGTS para reduzir o valor das prestações, além da mudança da data de vencimento das parcelas. Os clientes poderão ainda buscar as agências do banco para tentar um acordo.

O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 12,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de trabalho atinge 13,2 milhões de brasileiros. O resultado ficou dentro das expectativas de analistas, que esperavam uma taxa entre 12,3% e 12,8%. De acordo com a Veja, o índice representa um recuo em relação à taxa de 12,7% registrada no trimestre encerrado em março. O número também é inferior ao observado no trimestre encerrado em abril de 2018, de 12,9%. “O mercado de trabalho deu uma resposta. Você tem um mercado que aumenta o número de vagas e estanca o aumento de desempregados. Mas, por outro lado, você tem recordes negativos”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. A renda média real do trabalhador chegou a 2.295 reais nos três meses até abril, enquanto no primeiro trimestre foi de 2.304 reais e no mesmo período de 2018, de 2.281 reais. O período foi marcado por aumento da ocupação, com o total de pessoas ocupadas subindo a 92,4 milhões entre fevereiro e abril, de 91,9 milhões no trimestre até março e 90,4 milhões no mesmo período do ano passado.

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