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Economia
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Crédito rural a juros livres ganha cada vez mais competitividade Foto: Reprodução

O crédito rural com juros livres começa a ganhar espaço na safra 2019/20, refletindo a queda da Selic, a decisão do governo de reduzir subsídios aos grandes produtores e uma maior disposição dos bancos privados de avançar em um dos setores mais dinâmicos da economia do país. Para os produtores de menor risco, já se veem operações com taxa de 6,5% ao ano - menores, portanto, que o teto de 8% previsto nas operações com juros regulados do Plano Safra. Embora sejam situações ainda pontuais, essas operações mostram um movimento que será cada vez mais frequente com a taxa Selic em queda. Anteontem, o Banco Central cortou os juros básicos para de 6% para 5,5% ao ano. “As instituições financeiras estão muito agressivas em liberar crédito para o grande produtor, que ficou com o cobertor mais curto”, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao Valor. Em julho e agosto, os dois primeiros meses da safra atual, foram emprestados pelos bancos R$ 5,4 bilhões a taxas de mercado. O volume ainda é pequeno, mas é mais que o dobro do que se viu no mesmo período do ano passado. Em comparação, os desembolsos com juros regulados no primeiro bimestre da safra atual totalizaram R$ 35,1 bilhões, uma queda de 1%. Desse total, chama a atenção a redução de 32% nos desembolsos de crédito para custeio agrícola que têm como funding os depósitos à vista. Entre julho e agosto, foram R$ 9,8 bilhões nessa modalidade. A maior parte dos recursos usados hoje no crédito agrícola vem do direcionamento dos depósitos à vista e da poupança rural. Nessas operações, reguladas pelo governo, as taxas ficam em até 4,6% ao ano para a agricultura familiar, 6% para os médios produtores e chegam a 8% ao ano para os grandes.

'A CPMF morreu', diz ministro Onyx Lorenzoni Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta terça-feira, 17, que a proposta de volta da CPMF está descartada pelo projeto de reforma tributária que será enviado pelo executivo ao Congresso. “A CPMF morreu”, afirmou. “Caiu o cara da Receita porque defendeu esse negócio. O presidente é um homem de uma palavra só. Ele diz que não vai ter não vai ter”, disse Onyx, em referência ao ex-secretário da Receita, Marcos Cintra, demitido na semana passada. De acordo com a Veja, na proposta do governo, inicialmente, a CPMF seria apresentada com um novo nome, mas agiria taxando operações financeiras, para compensar a redução do imposto sobre a folha de salários. Quando questionado se o governo iria desonerar a folha, o ministro disse que “não há nada descartado”. Ainda segundo o ministro, o governo definirá o conteúdo da proposta, declarou, após a viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, que ocorre no final de setembro.

Petrobras vai segurar preço da gasolina até valor 'se acomodar' Foto: Divulgação

A Petrobras decidiu segurar o preço da gasolina, do diesel e dos demais derivados de petróleo até o preço do petróleo se acomodar no mercado internacional. De acordo com o G1, desde o domingo (15), os preços internacionais do petróleo passaram a registrar forte alta após duas grandes instalações serem atacadas na Arábia Saudita. A decisão da Petrobras é aguardar até que se tenha informações mais seguras sobre quanto tempo será necessário para normalizar a produção. A expectativa é que os preços continuem voláteis nos próximos dias. A Petrobras vai segurar os preços sem que isso afete a rentabilidade. A empresa faz a chamada “hedge” (proteção contra a variação de preços) para evitar que se repasse ao consumidor a variação toda vez que também houver variação das cotações no mercado internacional.

Setor de serviços cresce 0,8% em julho, afirma IBGE Foto: Eduardo Monteiro/Veja

Após queda intensa no mês anterior, o volume de serviços no país cresceu 0,8% em julho ante junho, segundo divulgou nesta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal de Serviços. Apesar do resultado positivo, o desempenho não foi suficiente para conter as perdas do setor no ano, que ainda apresenta índice 1,2% abaixo do registrado em dezembro de 2018. Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, três das cinco atividades pesquisadas tiveram alta em julho: serviços de informação e comunicação (1,8%), que tem peso importante no indicador; serviços auxiliares aos transportes e correio (0,7%); e outros serviços (4,6%). Do lado negativo, tanto os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%) como os serviços prestados às famílias (-0,5%) registraram segunda queda mensal seguida. No mês passado, todas as atividades recuaram, no pior desempenho para um mês desde a greve dos caminhoneiros. Já na comparação anual, o setor cresceu 1,8% em julho, melhor resultado para o mês desde 2014, com expansão de quatro em cinco atividades. De janeiro a julho, o índice cresceu 0,8% na comparação com o mesmo período de 2018; e no acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é positivo em 0,9% – em junho era 0,7%. Apesar dos resultados positivos no mês, o IBGE salienta que o setor de serviços não vive um ano positivo, e que o desempenho registrado em julho não compensa as perdas apresentadas até então. O índice ainda está 11,8% abaixo do recorde alcançado em maio de 2014 e 1,2% menor do que o apresentado em dezembro do ano passado.

CPMF está fora da reforma tributária, diz Bolsonaro Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, por meio de sua conta no Twitter, que não haverá a “recriação da CPMF ou qualquer aumento de carga tributária”. Segundo ele, estes não são os objetivos da reforma tributária. O político disse também que o que motivou a demissão de Marcos Cintra da chefia da Receita Federal foram as divergências em torno do projeto que o governo deve encaminhar à Câmara dos Deputados. “Paulo Guedes exonerou, a pedido, o chefe da Receita Federal por divergências no projeto da reforma tributária. A recriação da CPMF ou aumento da carga tributária estão fora da reforma tributária por determinação do Presidente”, publicou na tarde desta quarta-feira, 11. De acordo com a Veja, Bolsonaro continua internado em São Paulo após ter sido submetido a um procedimento cirúrgico no último domingo. Esta foi a quarta cirurgia realizada no presidente após sofrer um atentado a faca durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro do ano passado. Alvo de críticas de especialistas, um novo imposto sobre pagamentos enfrentava resistência antes mesmo da apresentação da reforma tributária do governo.

A Caixa Econômica Federal (CEF) começa a liberar na sexta-feira (13) o saque de até R$ 500 de contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para correntistas do banco nascidos de janeiro a abril. Este saque não tem relação com o saque-aniversário, que só começa a ser pago em abril de 2020. Essa liberação abrange contas vinculadas do FGTS que ainda estão recebendo depósitos do empregador atual e também de empregos anteriores, as chamadas contas inativas. De acordo com o G1, o calendário começa em uma primeira etapa para quem tem conta no banco e depois prossegue para quem não é correntista. O trabalhador que quiser sacar o dinheiro deve seguir o cronograma de acordo com seu aniversário. O prazo limite para a retirada é 31 de março de 2020.

Safra de grãos deve ser recorde em 2019, com 239,8 mi de toneladas Foto: Jefferson Bernardes/Preview

A safra agrícola de cereais, leguminosas e oleaginosas encerrará o ano de 2019 com recorde, produzindo 239,8 milhões de toneladas, número que representa uma alta de 5,9% – 13,3 milhões de toneladas – em relação ao resultado de 2018, segundo estimativas feitas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola em agosto. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10. De acordo com o levantamento, o crescimento foi impulsionado pela produção de milho, que atingiu o patamar recorde desde o início da série histórica em 1975, com a possibilidade de ampliar 21,5% em relação ao ano anterior, percentual que corresponde a 17,5 milhões de toneladas a mais do produto. O aumento da produção do grão foi favorecido pela antecipação do plantio da soja, que após colhida dá lugar ao milho, e pelas boas condições do clima. Além disso, o preço do milho estava bom no mercado internacional, segundo o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes. “O Brasil exportou muito milho em 2019, especialmente para países que atendem o mercado chinês e que estão ampliando a produção de carne de porco em razão da gripe suína na China”, afirma Guedes. Outras lavouras de grãos também devem fechar o ano com alta, tais como o algodão, 32,4%, o sorgo, 13,9% e o trigo, 9,5%. No entanto, há a expectativa de a soja, o arroz e o feijão sofrerem quedas de 3,9%, 12,7% e 1,1%, respectivamente. O declive da soja, que é a commodity responsável pela maior parcela da produção brasileira, ocorreu devido a problemas climáticos, sofrendo perdas de 4,6 milhões de toneladas. “O clima ficou muito seco entre novembro e dezembro, principalmente na região que engloba as plantações no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Mesmo assim, a estimativa do produto é de 113,2 milhões toneladas”, explica Guedes.

O secretário-adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, apresentou nesta terça-feira (10) as alíquotas em estudo pelo governo federal do imposto sobre pagamentos, que vem sendo comparado à antiga Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo ele, cada saque e cada depósito em dinheiro deverá ser taxado com uma alíquota inicial de 0,40%. Cada operação de débito e de crédito deve ser submetida a uma alíquota de 0,20%. De acordo com o G1, a proposta foi apresentada durante o Fórum Nacional Tributário, organizado pelo SIndifisco Nacional. A ideia da equipe econômica é que a contribuição sobre pagamentos substitua gradativamente a contribuição patronal sobre salários (folha de pagamentos), a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e, também, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “É uma alíquota de 0,20% no débito e crédito para poder desonerar parcialmente a folha em algo equivalente a um FGTS [7%]”, disse o secretário-adjunto ao final do evento. A área econômica do governo avaliou que a tributação atual sobre a folha de pagamentos (patrão e empregado juntos), que soma atualmente 43,5%, é “muito acima” de outros países da região, como México (19,7%) e Chile (7%), representando um “desestímulo à contratação de mão de obra”.

Governo prevê nova CPMF com alíquota quase duas vezes maior Foto: Leo Pinheiro/Valor

A reforma tributária em estudo pelo governo Bolsonaro envolve a criação de uma velha (e não muito querida) conhecida da população brasileira: a cobrança sobre pagamentos, uma reedição da extinta CPMF. A revista Veja teve acesso a um documento do Ministério da Economia que detalha as alíquotas que o governo deve apresentar como alternativa ao fim de seis impostos federais. De acordo com os planos do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, a Contribuição sobre Pagamentos (CP) seria instituída em até seis meses depois de uma possível aprovação do texto, com uma alíquota de 0,19% para, gradativamente, chegar a um tributo de 0,67% ao fim de dois anos para compensar a extinção dos encargos sobre a folha de pagamento de empregados. Entusiasta do imposto sobre pagamentos há anos, Cintra bate de frente com o Congresso Nacional, que rechaça a instituição de um imposto tão impopular. Uma outra proposta de reforma tributária, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), tramita em estágio avançado na Câmara e tem aceitação maior entre os congressistas. A proposta de Rossi, vale dizer, não envolve a instituição de um imposto sobre pagamentos e, além de mirar nos impostos federais, como faz o governo, ataca também impostos estadual e municipal ? o ICMS e o ISS.

Produção agrícola no país bate recorde e atinge R$ 343,5 bilhões em 2018 Foto: Anderson Viegas/G1 MS

O valor da produção agrícola no Brasil foi de R$ 343,5 bilhões em 2018, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (5). O montante é recorde e representa uma alta de 8,3% na comparação com 2017. De acordo com o G1, o resultado só foi possível por causa do desempenho das principais culturas do país, como soja, café e algodão, que atingiram produções recordes no último ano e contaram com bons preços no mercado internacional. Apesar do resultado positivo, a área colhida caiu 0,5% (para 77,8 milhões de hectares) e a produção ficou em 198,6 milhões de toneladas, queda de 4,7% em relação a 2017.

Governo projeta fusão de seis ministérios em três em nova reforma Foto: André Coelho/Agência O Globo

O governo desenha uma nova reforma administrativa que prevê mais uma redução no número de ministérios até o fim do ano. O projeto, conduzido pela Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, e que já está sendo acompanhado pela Casa Civil, planeja a fusão de seis pastas para que se tornem apenas três.  O ministro Paulo Guedes não esconde desde a campanha eleitoral que seu desejo seria que o governo tivesse 15 ministérios — atualmente, são 22. Fontes ouvidas pelo jornal o Globo e que acompanham as discussões afirmam que as mudanças deverão ser enviadas ao Congresso por meio de Medida Provisória (MP). Há expectativa por parte do ministro da Economia de que a MP seja enviada até outubro. O governo aprovou no Congresso em maio uma MP de reforma administrativa, mas a avaliação é que isso não impediria novas mudanças. Saiba quais as pastas que deverão sofrer fusão.

A produção industrial no país caiu 0,3% em julho deste ano ante o mês imediatamente anterior, registrando o terceiro resultado negativo consecutivo, segundo divulgou nesta terça-feira, 3, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal. Os setores de bebidas, alimentos, produtos químicos e informática puxaram a baixa. O resultado também foi negativo na comparação com o mesmo período do ano passado, registrando desempenho 2,5% inferior. De acordo com a pesquisa, apesar de ser o terceiro resultado negativo seguido frente ao mês ligeiramente anterior, o perfil de julho ficou diferente do que o observado em maio e junho. “Antes, o perfil de recuo era disseminado. Já em julho, 15 das 26 atividades estão positivas, indicando uma concentração de resultados negativos”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo, no relatório do levantamento. Entre os destaques negativos na comparação com junho, se destacam bebidas (-4%) e produtos químicos (-2,6%), ambas atividades vindas de alta no mês anterior. Além disso, equipamentos de informática e produtos eletrônicos (-3,3%); e produtos alimentícios (-1%) também chamam atenção. Este último acumulou a terceira queda seguida mensal. No lado positivo, destaque para a recuperação parcial da indústria extrativa, que cresceu 6%, terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando 18,5% em três meses. O setor acumulou queda de 24,5% acumulados nos quatro primeiros meses do ano, por causa das consequências do rompimento na barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), em janeiro. A tragédia deixou ao menos 248 mortos. Outras 22 pessoas são consideradas desaparecidas pelas autoridade do estado. No entanto, no acumulado do ano — comparação em que a indústria tem queda de 1,7% — o setor extrativo ainda é o que mais compromete, com queda de -12,1%, ante o mesmo período do ano anterior. Outros resultados negativos são produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,8%) e de outros equipamentos de transporte (-11,4%). Positivamente, aparecerem produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,5%), produtos de metal (5,7%), de bebidas (3,9%), e de máquinas e equipamentos (1,4%).

Atividade econômica: Crescimento do Brasil é maior que da França e menor que do Chile Foto: iStock/Getty Images

O Brasil registrou crescimento econômico de 0,4% no segundo trimestre deste ano em comparação aos três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta quinta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho é superior ao de países desenvolvidos como a Alemanha e a França, mas inferior aos vizinhos latino-americanos Colômbia e Chile. De acordo com a Veja, dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que compila as informações de Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 40 países, revelam que o país está na 14ª colocação entre as 24 nações que já soltaram seus resultados referentes ao segundo trimestre.  O PIB é o principal indicador para medir o crescimento da economia de um país. O índice soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período de tempo na moeda corrente do local. Para Juliana Trece, pesquisadora do FGV IBRE, o resultado pode ser visto de um viés positivo ou negativo. Pensando no copo meio cheio, segundo ela, é destacável um crescimento de 0,4% em um cenário de global de desconfiança: a União Europeia viu suas maiores economias perderem fôlego, a exemplo de França, Alemanha e Reino Unido; China e Estados Unidos travam uma disputa comercial com forte interferências no comércio externo mundial; e a vizinha Argentina, uma das principais parceiras comerciais, passa por grave crise econômica e política. Analisando negativamente, Trece cita que o crescimento ainda está muito aquém do que poderia ser. Na visão da pesquisadora, o cenário externo delicado já reflete em setores do país e a tendência é que a situação piore. “É um resultado bom, mas pensando em uma questão de desaceleração mundial, não sei se isso vai ser sustentado”, analisa. No caso das exportações, por exemplo, já são duas quedas seguidas em comparação ao trimestre imediatamente anterior.  “É um dado que chama um pouco de atenção. Não estamos conseguindo que o mundo compre nossos produtos. E a importação está crescendo, isso mostra que a renda está sendo enviada para fora”, analisa ela.

Transações correntes têm pior desempenho para julho em 5 anos Foto: iStock/Getty Images

O Brasil registrou em julho déficit em transações correntes de 9 bilhões de dólares, pior dado para o mês em cinco anos, segundo divulgou nesta segunda-feira, 26, o Banco Central. De acordo com a instituição, o desempenho é fruto de uma balança comercial mais fraca e do aumento das remessas líquidas de lucros e dividendos para fora do país. Em julho de 2018, foi registrado 4,4 bilhões de dólares. Nos doze meses encerrados em julho, o déficit em transações correntes somou 24,4 bilhões de dólares, cerca de 1,31% do Produto Interno Bruto (PIB); até junho, o valor era de 19,8 bilhões de dólares (1,06% do PIB). Segundo a Veja, as chamadas transações correntes são compostas pela balança comercial (bens), serviços, renda primária e secundária. Basicamente, elas mostram a diferença entre o montante que entrou e saiu do país em determinado período.

Mercado financeiro volta a rebaixar previsão e espera PIB de 0,8% Foto: Ricardo Matsukawa/Veja

Na semana em que o IBGE divulga o resultado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre, economistas consultados pelo Banco Central voltaram a rebaixar a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. O PIB, de acordo com a projeção, deve terminar o ano em 0,80%. Na semana passada, a projeção estava em 0,83%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 26, no Boletim Focus. Os analistas do mercado também baixaram novamente a previsão para a inflação oficial: de 3,71% na semana anterior para 3,65%. De acordo com a Veja, caso se mantenha neste patamar, o PIB será menor que nos dois anos anteriores, quando a taxa de crescimento da economia foi de 1,1%. Os economistas começaram o ano otimistas com o desenvolvimento de investimentos e o setor produtivo, chegando a prever o PIB a 2,57%. Mas, sem a retomada esperada, a previsão virou de “pibinho” depois de cinco meses de reajuste para baixo da taxa. O PIB é soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na quinta-feira, o IBGE divulga o resultado oficial para o período. Caso venha negativo, como no primeiro trimestre (-0,2%), o país entra em recessão técnica. A previsão do PIB para 2020 também foi revista pelos economistas na edição do Focus. O crescimento da economia deve ser de 2,10%. Na semana passada, a projeção era de 2,20%. Para 2021 e 2022, a projeção se mantém em 2,5%. 

O pagamento da primeira parcela do 13º salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa nesta segunda-feira (26). O depósito da gratificação será realizado na folha mensal de pagamentos do INSS, entre os dias 26 de agosto e 6 de setembro, seguindo o mesmo calendário dos benefícios de agosto. De acordo com o G1, terão direito à primeira parcela cerca de 30 milhões de beneficiários, segundo o INSS. Essa liberação de recursos deve injetar cerca de R$ 21,9 bilhões na economia neste terceiro trimestre. O abono anual é devido aos segurados da Previdência Social que tenham recebido ou estejam recebendo os benefícios, inclusive para segurado avulso, autônomo, equiparado a autônomo, empresário e facultativo. A segunda parcela do 13º será paga junto com o benefício de novembro, a partir do dia 25 daquele mês.

Brasil abre 43.820 vagas de emprego formal em julho Foto: Reinaldo Canato/Veja

O saldo de postos de trabalho formais criados no país em julho foi positivo em 43.820 vagas, segundo dados divulgados pelo governo nesta sexta-feira, 23, no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse foi o quarto resultado mensal consecutivo no azul. Em comparação a junho, houve crescimento de 0,11%. Ante o mesmo período de 2018, o desempenho é 7,4% menor. No total, foram 1.331.189 postos abertos e 1.287.369 de vagas fechadas no mês. Também houve crescimento no acumulado dos sete primeiros meses deste ano. De janeiro a julho foram abertas 461.411 vagas com carteira assinada. É o melhor resultado desde 2014. Em 2018, no mesmo período, as novas vagas tinham somado 448.263. De acordo com o governo, sete dos oito setores econômicos contrataram mais do que demitiram em julho. Destaque para a construção civil, que teve saldo de 18.721 novos postos de trabalho. Do outro lado, apenas a administração pública registrou saldo negativo, em 315 vagas. De acordo com a Veja, geograficamente, o desempenho foi positivo em todas as regiões do país. O maior saldo foi na região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada, crescimento de 0,12%. As modalidades inseridas pelas novas leis trabalhistas foram responsáveis por 14,34% do total de postos abertos. A modalidade de trabalho intermitente respondeu por 5.546 empregos em julho. Já no regime de tempo parcial, o Caged apontou um saldo positivo de 740 vagas. Os desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado somaram 18.984 ocorrências no mês.

FGTS distribuirá 100% de lucro de R$ 12,2 bilhões a trabalhadores Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma das mudanças anunciadas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a distribuição de 100% dos resultados de 2018, foi ratificada nesta segunda-feira pelo Conselho Curador e já publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira 20. A Medida Provisória (MP) 889 aumentou a rentabilidade do fundo, determinando a transferência de todo o lucro do exercício anterior aos cotistas. De acordo com a Veja, antes da MP, o FGTS rendia 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), atualmente zerada. Desde 2017, o fundo repassava 50% dos lucros do ano anterior ao cotista. Com a mudança, o fundo renderá 6,18% em 2019 , ultrapassando inclusive a taxa Selic (juros básicos da economia), recentemente reduzida para 6% ao ano. Até 31 de agosto, serão repassados 12,2 bilhões de reais do lucro de 2018, distribuídos proporcionalmente conforme o saldo de cada conta. O Conselho Curador também aprovou os Relatórios de Gestão do FGTS e do Fundo de Investimento FI-FGTS. Os documentos serão divulgados no site do FGTS nos próximos dias. O conselho instituiu ainda um grupo de trabalho, com participação de três representantes do FGTS e três do Comitê de Investimento do FI-FGTS, para acompanhar e propor mudanças nas aplicações do fundo. O grupo também acompanhará a execução das recomendações dos órgãos de controle em parceria com o Grupo de Apoio Permanente (GAP), formado por consultores técnicos vinculados às 12 entidades que compõem o colegiado.

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2019 e também elevaram a previsão de crescimento da economia neste ano. A projeção consta no boletim de mercado conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro baixaram a estimativa de inflação para este ano de 3,76% para 3,71%. Foi a segunda queda seguida do indicador. Com isso, a expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. Segundo o G1, a meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação em 3,90%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.

Bahia protagoniza cena da mineração no país Foto: Ulisses Dumas

A Bahia se destaca no cenário nacional e internacional quando o assunto é mineração. O estado, que é o maior produtor de cromo no país e participa da cadeia de fabricação dos aços inoxidáveis brasileiros, conta com a maior extração de magnesita das Américas, tem a maior mina de diamantes e a principal produção de talco da América Latina, além de ser o único a extrair vanádio nas Américas, colocando o estado como um dos mais competitivos do mundo no fornecimento do minério. De acordo com o jornal Correio, colecionando números que impressionam, o setor de mineração baiano tem no Sindicato das Indústrias Extrativas de Minerais Metálicos, Metais Nobres e Preciosos e Magnesita no Estado da Bahia (SINDIMIBA) um local para estudos e coordenação da atividade. O sindicato, fundado em 2011 e com registro sindical deferido em 2017, quer ser uma representação do setor nas relações com os diversos níveis da sociedade. O grupo é formado por mineradoras de cobre, cromo, diamante, ferro, magnesita, níquel, ouro, talco e vanádio. Onze empresas são associadas ao sindicato: Atlantic Nickel, BAMIN, Ferbasa, Imi Fabi Talco, Leagold, Lipari Mineração, Mineração Caraíba, Pedra Cinza Mineração, RHI Magnesita, Vanádio de Maracás e Yamana Gold. Mas o número de mineradoras em atividade na Bahia é superior ao de associadas. Presidente do SINDIMIBA e diretor da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Paulo Misk conta que são 535 mineradoras em 221 municípios, atuando no fortalecimento da economia do estado e desses municípios: “Esse impacto da mineração é bastante representativo na medida que ela não só produz esses materiais, mas gera quantidade de empregos, compras locais, que favorecem a economia da Bahia. A maioria das cidades em que as mineradoras atuam são carentes. O desenvolvimento tem dificuldade de chegar e a mineração chega lá e gera empregos”.

Jair Bolsonaro diz que Brasil vai vencer a crise econômica mundial Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse ter convicção de que o Brasil vai superar os eventuais problemas que possam surgir se houver uma crise econômica mundial. Na última semana, houve pânico nos mercados financeiros de todo o planeta em meio a temores de uma nova recessão na economia global após a divulgação de dados econômicos ruins na China e na Alemanha e a escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Com isso o dólar superou a barreira dos R$ 4, com alta de 1,57% na semana, e a bolsa acumulou queda de 4,03%. Bolsonaro citou recentes medidas que o Brasil vem adotando e disse que o governo está fazendo o dever de casa. “Pode ter certeza, se não tivéssemos tomado as medidas que tomamos, o Brasil estaria em uma situação bastante complicada. Estamos fazendo o dever de casa. O Brasil estava arrebentado economicamente. Eu tenho esperança, o povo pode acreditar, nós vamos vencer”, disse o presidente.

Governo publica decreto que reduz imposto sobre videogames Foto: Thinkstock/Veja

O governo federal reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de consoles e máquinas de videogame. O decreto foi publicado nesta quinta-feira, 15, no Diário Oficial da União. O presidente Jair Bolsonaro (SPSL) havia antecipado na semana passada que preparava um decreto para reduzir os tributos sobre jogos eletrônicos. Na ocasião, o presidente afirmou que a ideia é “deixar esse dinheiro, em vez de ir para o governo, ficar na mão do povo”. “Essa que é a intenção, é diminuir a carga tributária”. As alíquotas do IPI sobre consoles e máquinas de jogos de vídeo ficam reduzidas de 50% para 40%. O decreto trata ainda da redução do IPI para partes e acessórios de consoles. Nesse caso, a alíquota passa de 40% para 32%. De acordo com a Veja, os videogames portáteis (máquinas de jogos de vídeo com tela incorporada, portáteis ou não e suas partes) tiveram IPI reduzido de 20% para 16%.

3,3 milhões procuram trabalho há mais de 2 anos no país, diz IBGE Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo

Apesar do recuo da taxa de desemprego em junho, o número de brasileiros buscando uma vaga há mais de dois anos nunca foi tão alto. O desemprego de longa duração atinge 3,347 milhões, informou na manhã desta quinta-feira o IBGE. Isso significa que um em cada quatro desempregados no Brasil procura emprego há mais de dois anos e não consegue. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do segundo trimestre de 2019, esse é o maior patamar já registrado desde 2012, quando teve início a série histórica do IBGE. Naquele ano, havia 1,516 milhão de pessoas nessa condição. A taxa de desemprego foi de 12% em junho, abaixo dos 12,7% registrados no mesmo mês do ano passado. Adriana pondera que a melhora quantitativa não foi acompanhada de melhora qualitativa: o número de desempregados que buscam uma vaga há pelo menos dois anos cresceu em 196 mil neste período. O elevado tempo de procura por emprego é um dos fatores que ajudam a explicar o desalento, que ocorre quando o trabalhador desiste de buscar uma vaga por acreditar que não conseguirá obtê-la. No segundo trimestre, o país tinha 4,9 milhões de desalentados. Segundo o jornal o Globo, por estados da federação, a Bahia é o que tem o maior número de desalentados: 766 mil pessoas. No Maranhão, são 588 mil pessoas.

Estados somam rombo de R$ 101 bilhões na Previdência Social Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Previdência de servidores dos estados registrou um rombo de R$ 101 bilhões em 2018. Foi esse o valor que, juntos, os governos estaduais tiveram que desembolsar para cobrir o déficit previdenciário de todos os Poderes locais. O número é 8% maior que o contabilizado em 2017, quando o buraco foi de R$ 93,4 bilhões. O maior rombo entre os estados foi registrado em São Paulo, com déficit de R$ 24 bilhões. O Rio de Janeiro tem um buraco de R$ 12,3 bilhões nas aposentadorias dos servidores. De acordo com o jornal o Globo, outro estado em crise financeira, Minas Gerais tem um rombo de R$ 17,3 bilhões nas contas previdenciárias. Os estados, assim como os municípios, chegaram a ser incluídos no texto original da reforma da Previdência aprovada na Câmara este mês. Os governos regionais, porém, foram retirados do texto durante a tramitação da proposta. Agora, governadores e prefeitos podem ser incluídos na reforma durante a votação no Senado. Mas esse trecho precisará voltar para análise dos deputados. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado começa a discutir a reforma da Previdência nesta quarta-feira.

Governo deve lançar a sua reforma tributária nas próximas semanas Foto:Valter Campanato/Agência Brasil

O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou nesta segunda-feira, 12, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve apresentar a proposta de reforma tributária do governo nas próximas duas semanas. Atualmente, tramita em comissão especial na Câmara dos Deputados um projeto apresentado pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Há outra proposta em análise pelos deputados e um terceiro texto em desenvolvimento pelos estados. “Será um projeto de conciliação, que tenta agrupar todas essas tendências de acordo com as necessidades históricas e circunstanciais”, disse o secretário, em referência a todas as propostas de reforma tributária que estão em discussão. Ele participou de apresentação na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro da capital paulista. Na visão de Cintra, o ponto mais problemático na discussão será a que envolve os entes da federação. Ele deu exemplo de países e regiões que estão tendo dificuldades para implantar um Imposto de Valor Agregado (IVA) também em seus estados, como na Índia e na Alemanha. O secretário se refere especificamente à proposta de reforma do tributarista Bernard Appy, que é a base do projeto que tramita na Câmara.  Para ele, um IVA incluindo estados é “inatacável do ponto de vista conceitual”. Mas ressaltou que a realidade é diferente da abstração dos livros. “Um tributo como esse teria vida curta e daqui a 10 ou 15 anos estaríamos discutindo uma nova reforma, diante da inadequação desses tributos frente à realidade”, disse.

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