Na última semana, o Google Brasil revelou o aumento vertiginoso de 9900% na busca pelo termo “divórcio online gratuito”, no período de 13 a 29 de abril. Além disso, a pergunta “como dar entrada em um divórcio” registrou crescimento de 82% no país. Por outro lado, o Brasil vive uma baixa em relação ao número de divórcios; de acordo com a Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec), houve uma diminuição de 43% entre fevereiro e abril de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Além das separações de uniões reconhecidas por lei, casais que apenas moram juntos também estão se separando.
O presidente da República Jair Bolsonaro vetou o uso do saldo remanescente do Fundo de Reservas Monetárias (FRM), de cerca de R$ 8,6 bilhões, para o combate ao novo coronavírus. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (3) do "Diário Oficial da União". A destinação do dinheiro tinha sido aprovada em maio pelo Congresso Nacional durante a análise de medida provisória editada por Bolsonaro e que extinguiu o fundo. Bolsonaro também vetou outros trechos do texto aprovado pelos parlamentares, entre eles o que previa a repartição do dinheiro entre estados e municípios para a compra de materiais de prevenção à pandemia. O presidente sancionou apenas a parte da lei que extingue o fundo, que já estava inativo. Criado em 1966, o FRM era abastecido com reservas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), usadas para intervenção nos mercados de câmbio e na assistência a bancos e instituições financeiras. Agora, cabe ao Congresso analisar o veto presidencial, que poderá ser mantido ou derrubado. Não há ainda previsão de quando a questão será analisada pelos parlamentares. Durante a tramitação na Câmara e no Senado, o projeto havia sido aprovado com grande consenso. Entre os deputados, a votação tinha sido simbólica (sem o registro de votos no painel eletrônico), modalidade usada geralmente quando há acordo sobre o teor da matéria. No Senado, a aprovação havia sido unânime, com 75 votos a favor.
A produção industrial brasileira desabou 18,8% em abril, na comparação com março, atingindo o nível mais baixo já registrado no país, conforme divulgou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O tombo recorde evidencia a dimensão do impacto da pandemia de coronavírus e das medidas de isolamento social na atividade econômica. “É a queda mais intensa da indústria desde o início da série histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 26,1% no período”, informou o IBGE. Em março, a produção já havia recuado 9% frente ao mês anterior — variação que foi revisada pelo IBGE ante queda de 9,1% anteriormente divulgada. Com o tombo de abril, o patamar da produção industrial no país ficou 38,3% abaixo de pico histórico, registrado em maio de 2011. “É o patamar mais baixo da série histórica na pesquisa. Estamos no piso da produção industrial”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo. Na comparação com abril do ano passado, a queda foi ainda maior, de 27,2%, o sexto resultado negativo seguido nessa comparação e também recorde negativo da série histórica da pesquisa. Apesar da forte queda, o resultado de abril veio menos ruim que o esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 29,2% na variação mensal e de 33,1% na base anual. No ano, de janeiro a abril, a produção industrial encolheu 8,2%, e nos últimos 12 meses, passou a acumular retração de 2,9%.
A Comissão de Ética da presidência da República decidiu na última terça-feira (02), por unanimidade, que Sérgio Moro não poderá advogar por seis meses, a contar da data em que ele deixou o governo, dia 24 de abril. O colegiado identificou potencial conflito de interesses na atividade. Como foi-lhe imposta a quarentena, Moro terá direito a continuar recebendo salário de ministro, de R$ 31 mil, durante o período. De acordo com o jornal o Globo, a comissão, entretanto, liberou Moro para dar aulas e ser colunista de uma revista.
O grupo de hackers Anonymous Brasil vazou na noite desta segunda-feira (1º), criminosamente, no Twitter, supostos dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros, empresário e politicos bolsonaristas. De acordo com o Tribuna da Bahia, o grupo Anonymous é um coletivo de hackers que atacam sites. Podem invadir e divulgar criminosamente arquivos na internet. Os hackers vazaram supostos dados cadastrais, como endereços e telefones pessoais e de vários contatos de familiares e outros, além de informações sobre suposto patrimônio dos atingidos. Pouco depois da publicação, a rede social apagou as postagens. O Twitter também baniu o perfil do Anonymous Brasil, por violar as regras da empresa. Entre as vítimas dos ataques do Anonymous estão o presidente, seus filhos (o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro); os ministros da Educação, Abraham Weintraub, a ministra da Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e o empresário Luciano Hang, apoiador do governo. Douglas Garcia confirmou o vazamento de seus dados e acusou a ação criminosa dos hackers, em rede social. Ele disse que registrará boletim de ocorrência policial sobre a invasão. Carlos Bolsonaro confirmou o vazamento de seus dados. Ele acusou, numa rede social, “a turma pró- democracia” pelo vazamento, sem apresentar provas. Procurados, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça ainda não se manifestaram.
Levantamento nacional do Instituto Paraná Pesquisas mostra que 65,3% dos brasileiros são favoráveis ao adiamento das eleições municipais de outubro para novembro ou até dezembro. Os que são contra a mudança da data somam 28,7% e 6% não opinaram. Norte e Centro-Oeste, com 68%, são as regiões onde o clamor pelo adiamento do pleito é mais forte. De acordo com a Veja, o levantamento foi concluído nesta semana. O instituto ouviu 2.280 habitantes nas 27 unidades da federação.
Os anúncios de flexibilização das medidas de isolamento contra a Covid-19, feitos em vários estados, estão ocorrendo na época em que há maior circulação de vírus respiratórios no país, segundo séries históricas do InfoGripe, sistema de monitoramento da Fiocruz. Avaliando os dados dos últimos anos considerados "regulares" (período de 2010 a 2015 e o ano de 2017), a incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que está associada à circulação dos vírus respiratórios, costuma ser maior exatamente nesta época na maior parte do país. A incidência representa o número de casos de uma doença para cada 100 mil habitantes de uma determinada região. Para entender padrões de circulação de vírus respiratórios, o país é classificado em quatro “regionais”: norte, sul, central e leste. Os períodos de maior ou menor circulação coincidem com características climáticas, explica Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Pesquisa Datafolha publicada na madrugada desta terça-feira (2) no site do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 52% dos entrevistados conhecem alguém que contraiu o novo coronavírus, que 5% admitem que já foram contaminados e que 45% têm muito medo de ser contaminado. O levantamento ouviu 2.069 pessoas nos dias 25 e 26 de maio. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Pesquisa Datafolha publicada pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 61% dos brasileiros que assistiram ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril acreditam que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. O instituto ouviu 2.069 adultos por telefone celular na segunda (25) e nesta terça (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais. Tiveram acesso ao vídeo ou a seu conteúdo 55% dos brasileiros, segundo a pesquisa.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26) um projeto de lei que repassa R$ 3 bilhões da União para ações emergenciais destinadas ao setor cultural durante a pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Entre as principais medidas da chamada Lei Aldir Blanc está o pagamento de uma renda emergencial de R$ 600 aos profissionais informais da área. O texto segue agora para o Senado. De acordo com o projeto, o recebimento da renda emergencial será limitado a dois membros da mesma família. A mulher que for mãe solteira e chefe de família terá direito a duas cotas da renda emergencial. Vale ressaltar que o setor emprega mais de 5 milhões de pessoas. De acordo com o texto, se a Lei foi aprovada no Senado e pelo presidente Bolsonaro, o dinheiro deverá ser usado por estados, Distrito Federal e municípios para implementar políticas para o setor.
A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (26) a Operação Placebo, sobre suspeitas de desvios na Saúde do Rio de Janeiro para ações na pandemia de coronavírus. São 12 mandados de busca e apreensão -- um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC). Às 8h40, agentes saíram do Palácio Laranjeiras com um malote com documentos. Equipes da PF também foram mobilizadas para a casa onde Witzel morava antes de ser eleito, no Grajaú, e no escritório de advocacia do governador, que é ex-juiz federal. Witzel se manifestou às 9h40 e negou participar de qualquer esquema.
Uma idosa de 94 anos, moradora do município de Nova Granada, no interior de São Paulo, foi curada da Covid-19, mesmo tendo comorbidades como diabetes, hipertensão e câncer. Segundo matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, a idosa também usa um marcapasso. Ela ficou uma semana internada no hospital e teve alta no último dia 8 de maio. “Eu nem sabia que estava com essa doença. Quando os médicos me falaram só pedi a Deus porque tenho muita fé. Agora eu estou em casa e estou bem. Estou comendo de tudo, andando e dormindo bem”, comemorou. Segundo depoimento da família, dona Maria da Mata Mussi não precisou ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela apenas precisou de oxigênio por causa da falta de ar. Também não há informações sobre um possível local onde ela pode ter sido contaminada.
Com taxas de contaminação fora de controle nos presídios brasileiros, o Conselho Nacional de Justiça decidiu orientar magistrados a realizarem as inspeções como atividade continua e permanente nas prisões durante a pandemia. De acordo com a Veja, o órgão lança nesta quinta um documento com regras adaptadas de segurança para inspeção, incluindo a possibilidade de uso de videochamadas. Atualmente, o Brasil tem 750.000 presos e o sistema opera 70% acima da capacidade. Os presídios estão fechados há cerca de dois meses e, além da falta de informações, denúncias feitas por servidores, familiares e advogados vêm apontando desde a falta de equipamentos básicos de proteção e higiene, incluindo falta de água, até condições precárias de isolamento e de monitoramento da doença.
Levantamento XP Ipespe realizado entre 16 e 18 de maio, revela aumento na reprovação do presidente Jair Bolsonaro. Entre as pessoas que consideram o governo bom ou ótimo o índice foi de 25%, houve uma oscilação em comparação com a pesquisa anterior, do final de abril, em que esse número era de 27%. Os que avaliam a gestão como ruim ou péssima foram de 49% para 50%. No levantamento anterior, de 24 de abril, os números eram 31% e 42%, respectivamente. Quanto a expectativa para o restante do governo, 48% afirmou ser negativa e 27% positiva. Na pesquisa anterior os índices eram 46% e 30%. Foram realizadas mil entrevistas de abrangência nacional, nos dias 16, 17 e 18 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
A atriz Regina Duarte anunciou nesta quarta-feira, 20, que está de saída da Secretaria da Cultura do governo de Jair Bolsonaro. Em um vídeo ao lado do presidente e que foi postado por ele no Twitter, Regina disse que assumirá o controle da Cinemateca, em São Paulo, por sentir falta da família. De acordo com a Veja, no vídeo, Regina afirma que foi ao encontro de Bolsonaro no Palácio da Alvorada para perguntar se estava sendo “fritada” por ele. Desde o início de sua gestão, a atriz vinha sofrendo ataques da ala ideológica do governo que é ligada ao polemista Olavo de Carvalho, guru da família presidencial. “Toda semana tem um ou dois ministros que, segundo a mídia, estão sendo fritados. O objetivo é desestabilizar a gente e tentar jogar o governo no chão. Jamais vou fritar você”, disse Bolsonaro no vídeo. O presidente, no entanto, havia dado autorização para que integrantes de sua administração atacassem a agora ex-secretária. Foi por isso que desafetos de Regina como o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, subiram o tom contra a gestão da atriz na pasta da Cultura. O favorito para assumir a Secretaria de Cultura é o ator Mário Frias, que almoçou na terça-feira, 19.
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (19) seu mais recente balanço de mortes e casos confirmados de Covid-19. Os principais dados são: 17.971 mortes, eram 16.792 na segunda; em 24 horas, foram mais 1.179 novas mortes registradas; 271.628 casos confirmados, eram 254.220 casos na segunda; em 24 horas, foram mais 17.408 casos. O número de mortes acrescentado ao balanço não retrata mortes ocorridas nesta terça. De acordo com o ministério, 225 mortes incluídas ao balanço foram registradas nos últimos 3 dias. D?e acordo com o ministério, há 146.863 pacientes em acompanhamento (54,1% do total) e ? 106.794 recuperados (39,3%).
Nesta terça-feira (12), foram divulgados dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O setor de serviços na Bahia registrou o maior recuo em meses de março dos últimos oito anos. A retração foi de -7,8% em comparação ao mês de fevereiro deste ano. Foi o segundo resultado negativo consecutivo desde janeiro de 2020. De janeiro para fevereiro de 2020, os serviços na Bahia tiveram variação negativa de -0,1%. Com resultados negativos em três meses seguidos, o volume de serviços prestados na Bahia acumula retração de -6,8% em 2020. Este é o segundo pior resultado entre os estados brasileiros no período. A queda no setor de serviços baianos do mês de março também foi maior do que a registrada no Brasil como um todo, que fechou março com -6,9%. No mês de março, todas as cinco grandes atividades de serviços recuaram no estado, em relação ao mesmo mês em 2019. O setor é composto por cinco grupos de atividades: serviços prestados às famílias, informação e comunicação, profissionais e administrativos, transportes e correios, e outros.
No vídeo da reunião do conselho de ministros do último dia 22 de abril, exibido nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro defendeu trocas no comando da Polícia Federal do Rio para evitar que familiares e amigos seus fossem “prejudicados” por investigações em curso. Segundo o relato de três fontes que assistiram ao vídeo, Bolsonaro disse que gostaria de substituir o superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro e que demitiria até mesmo o então ministro da Justiça Sergio Moro caso não pudesse fazer isso. Ao deixar o cargo, Moro acusou o presidente de interferir politicamente na PF. Em resposta, Bolsonaro afirmou na tarde de hoje que não disse as palavras “Polícia Federal”, “superintendente” e “investigação” durante o encontro. Segundo fontes que assistiram ao vídeo, Bolsonaro afirma durante a reunião que precisava “saber das coisas” que estavam ocorrendo na Polícia Federal do Rio e cita que investigações em andamento não poderiam “prejudicar a minha família” nem “meus amigos”. Sob esses argumentos, o presidente afirma que trocaria o superintendente do Rio, o diretor-geral da PF ou até mesmo o ministro da Justiça, para garantir ter acesso a informações e que pessoas próximas não seriam prejudicadas. De acordo com essas fontes, Bolsonaro fez essa referência à Superintendência da PF usando o termo “segurança” quando discursou sobre a necessidade de proteger familiares de eventual perseguição ou ameaças no Rio, sem entrar em detalhes sobre os motivos da preocupação. Segundo os relatos, o presidente citou que já havia tentado substituir o “segurança” no Rio, e que desta vez finalmente efetivaria essa substituição. Na mesma fala, Bolsonaro teria dito que, caso não pudesse trocar o “segurança” no Rio, trocaria o diretor-geral ou o próprio ministro. As informações são do Jornal o Globo.
O governador João Doria (PSDB) prorrogou a quarentena em todo o estado de São Paulo até o dia 31 de maio. O anúncio foi feito no início da tarde desta sexta-feira (8) em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista. “Teremos que prorrogar a quarentena até o dia 31 de maio. Queremos, sim, em breve, juntos poder anunciar a retomada gradual da economia como, aliás, está previsto no Plano São Paulo. A experiência de outros países, e nós temos utilizado essas experiências aqui, mostra claramente o colapso da saúde e, quando isso acontece, paralisa tudo”, disse Doria. De acordo com o G1, o governador defendeu que a flexibilização das medidas restritivas, neste momento, prejudicaria não apenas o sistema de saúde, mas também a própria recuperação econômica do estado. “Na região metropolitana [registramos] um aumento de 760% em apenas 30 dias. Em um mês, 760%. Estamos todos atravessando o pior momento desta pandemia. Só não reconhece, vê, percebe, aqueles que estão cegos pelo ódio ou pela ambição pessoal. Autorizar o relaxamento agora seria colocar em risco milhares de vidas, o sistema de saúde e, por óbvio, a recuperação econômica”, afirmou. Com a decisão, permanecem autorizados a funcionar apenas serviços essenciais. A ampliação do isolamento se deve ao aumento do número de casos e mortes em razão do coronavírus. Atualmente, são 3.416 óbitos confirmados por exame laboratorial, um aumento de 7% em relação aos números de quinta-feira (7). O número de casos confirmados no estado é de 41.830, valor 5% superior ao registrado na quinta.
O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta segunda-feira (4) o delegado Rolando Alexandre de Souza como novo diretor-geral da Polícia Federal. A nomeação foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União". A nomeação de Rolando foi oficializada cinco dias depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a nomeação do também delegado Alexandre Ramagem para comandar a PF. Amigo dos filhos do presidente e responsável pela segurança de Bolsonaro da campanha até a posse, Ramagem foi escolhido por Bolsonaro para substituir Mauricio Valeixo, nome de confiança do ex-ministro Sérgio Moro. A demissão de Valeixo levou Moro a deixar o governo. O ex-ministro acusa Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF - o que o presidente nega. Rolando Alexandre de Souza é delegado da Polícia Federal. Foi superintendente da PF em Alagoas entre 2018 e 2019. Em setembro de 2019, a convite de Alexandre Ramagem, assumiu o cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência - Abin. Na PF, Rolando também foi chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e ocupou cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros e na superintendência em Rondônia.
O governo federal brasileiro gastou até agora apenas 24% do total previsto pelas medidas econômicas de combate à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o Ministério da Economia, dos 253 bilhões de reais previstos, 59,9 bilhões de reais foram pagos, ou seja, liberados pelo governo. A equipe econômica, entretanto, desconhece o valor que de fato chegou até a mão dos beneficiários, porque essas transferências, segundo o ministério, dependem da distribuição feita pelo sistema financeiro, como BNDES e Caixa Econômica Federal – mas informou, porém, que prepara uma forma de consolidar esses números para disponibilizar à população. De acordo com a Veja, a maior parte dos gastos previstos é destinada ao auxílio emergencial, com 123,9 bilhões de reais, seguida pelo benefício emergencial de manutenção de emprego e da renda, com 51,6 bilhões de reais. Do total já pago, o auxílio de 600 reais à população vulnerável representa 59%. O balanço também apontou que nada foi repassado em relação à medida de manutenção do emprego. A evolução desses valores pode ser acompanhada diariamente em nova página do site do Tesouro Nacional, que irá monitorar os gastos da União no combate à Covid-19. O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que o objetivo é tornar os números transparentes. “Esse montante de recursos tem impacto direto sobre o contribuinte. É dinheiro dele que está sendo repassado. Portanto, é preciso haver esse zelo com a efetividade das ações”, afirmou, em uma conferência virtual com jornalistas. O secretário usou a palavra “zelo” novamente ao falar sobre a possibilidade de elevar o número de parcelas do pagamento do auxílio emergencial de 600 reais pago aos informais. “Não está desenhado ainda se terá nova parcela. É o contribuinte quem arca com esse recurso, por isso estamos fazendo com muita cautela e zelo”, reafirmou Waldery.
O Senado aprovou neste sábado, 2, projeto de lei de ajuda da União de 120 bilhões de reais para Estados e Municípios. Controverso, o texto inclui a suspensão de 60 bilhões de reais em pagamentos de dívidas desses entes, que já havia sido determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para 19 Estados e o total a ser economizado com o adiamento de reajustes salariais para funcionários públicos. A rigor, o auxílio direto aos governos estaduais para repor perdas de arrecadação de ICMS e ISS será de 60 bilhões de reais. De acordo com a Veja, o projeto foi debatido remotamente, uma vez que os senadores não puderam se reunir no plenário por causa da pandemia de coronavírus. Foram 79 votos a favor e um contra – proclamados às 11h08, depois de seis horas de apreciação da Casa. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou antes da votação que os parlamentares chegaram a uma “encruzilhada” e “viveram em clima muito tenso” com a aprovação do texto original pela Câmara dos Deputados. “Confesso que ouvi de muitos senadores que este seria um grande desafio”, afirmou, ao qualificar a sessão como histórica. O texto vindo da Câmara foi profundamente alterado em um acordo entre Alcolumbre e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
No dia em que o Brasil ultrapassou o número de mortos oficiais registrados pela China em consequência do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou lamentar, mas emendou: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, afirmou ao ser questionado sobre os números. O Brasil registrou 474 óbitos nas últimas 24h e o total de mortes é de 5.017. Os casos registrados no país totalizam 71.886. Bolsonaro disse ainda que cabe ao ministro da Saúde, Nelson Teich, explicar os números. O recorde diário anterior do Brasil era de 23 de abril, com 407 novas vítimas. O país é agora o 9º país com mais mortes no mundo. Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, ao todo 5.017 pessoas morreram por Covid-19. A China, por sua vez, registra 4.637 mortos, segundo a Universidade Johns Hopkins, nos EUA, que monitora a pandemia, segundo a Folha de S. Paulo. A primeira morte por coronavírus na China (e no mundo) foi confirmada em 11 de janeiro. No Brasil, a confirmação do primeiro óbito ocorreu em 17 de março. Em número de pessoas infectadas, o país tem 71.886 casos confirmados e está em 11º lugar, ainda atrás da China, que tem 83.938 casos.?
O WhatsApp liberou, nesta segunda-feira (27), a possibilidade de iniciar chamadas de vídeo com até oito pessoas em um grupo. O recurso, disponível no aplicativo para Android e iPhone (iOS), foi lançado para usuários que buscam uma ferramenta de videoconferência para se comunicar com amigos, parentes e contatos profissionais no período do isolamento contra a Covid-19. O mensageiro, então, dobrou o número de participantes que podem participar da conversa de vídeo pelo celular. De acordo com o Tech Tudo, na conferência, a tela fica dividida em até oito quadros em que a imagem ao vivo de cada usuário é apresentada. Assim como as conversas de texto, a transmissão por vídeo é protegida com criptografia de ponta-a-ponta, o que garante maior segurança. O novo recurso está disponível apenas para usuários com a versão mais recente do app
A saída bombástica de Sergio Moro do governo de Jair Bolsonaro liberou o caminho do ex-ministro na corrida presidencial de 2022. Moro rompeu com Bolsonaro após revelar pressões do presidente para interferir em investigações da Polícia Federal de modo a proteger aliados investigados em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF). Sua demissão antecipou o debate eleitoral para os brasileiros, como mostra levantamento nacional do Instituto Paraná Pesquisas. Entre sábado e domingo, o instituto ouviu 2.650 brasileiros espalhados pelas 27 unidades da federação. Fez uma pergunta direta: “Sergio Moro deve ser candidato a presidente em 2022?”. Para 56,3% dos entrevistados, Moro deve, sim, disputar o Planalto. Já 36,6% dos entrevistados – provavelmente a mistura de petistas e bolsonaristas – disseram que ele não deveria entrar na política. 7,1% não opinaram. O instituto também perguntou se Bolsonaro sofre prejuízos políticos com a saída de Moro do governo. Os mesmos 56% responderam que o presidente “perde muito” com a saída do ministro contra 22% que responderam que ele “perde pouco” e 18,6%, que Bolsonaro “não perde nada”. 3% não opinaram.